08 - Uma nova visão - Parte III

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Esa e Kaarle estavam sozinhos na tenda, a luz suave das velas dançando sobre seus corpos esculpidos. O ar estava carregado de expectativa e desejo, um murmúrio gélido entre eles. Esa se aproximou, seus dedos traçando lentamente os contornos dos músculos de Kaarle, como se estivesse desenhando um mapa. O toque era leve, mas carregado de promessas não ditas. Os olhos de Kaarle encontraram os de Esa, um olhar ardente e intenso, como um fogo que queimava silenciosamente por dentro, espalhando-se nas folhas secas. Ele puxou Esa para mais perto, suas mãos explorando as costas nuas, cada movimento uma sinfonia de sensações. O calor de seus corpos se fundindo, criando uma energia quase palpável no ar. Esa inclinou-se, seus lábios roçando o pescoço de Kaarle, deixando um rastro de beijos suaves e quentes sobre a pele. O cheiro de couro e suor misturava-se ao perfume das velas, um aroma intoxicante que os envolvia. Kaarle gemeu baixinho, seus dedos se entrelaçando nos cabelos de Esa, puxando-o para um beijo profundo e avassalador. Os lábios se encontraram, uma dança lenta e apaixonada que logo se transformou em um frenesi de desejo. As línguas entrelaçavam-se, explorando e reivindicando, uma batalha silenciosa de prazer. As mãos de Kaarle deslizaram pelo corpo de Esa, sentindo cada curva, cada músculo, como se estivesse esculpindo uma obra de arte com o toque.

Os corpos se pressionaram juntos, os movimentos se tornando mais urgentes, mais desesperados. Esa arqueou-se contra Kaarle, um suspiro escapando de seus lábios enquanto sentia o calor crescente entre eles. Kaarle respondeu com um gemido rouco, seus dedos apertando a cintura de Esa, puxando-o para mais perto, como se quisesse fundir seus corpos em um só. A tenda parecia diminuir ao redor deles, o mundo exterior desaparecendo enquanto se perdiam um no outro. Cada movimento era uma promessa, cada toque uma declaração de desejo. O ritmo aumentava, um crescente de sensações que os levava à beira do êxtase. Os gemidos e sussurros preenchiam o espaço, uma melodia de prazer e paixão.

Finalmente, em um momento de pura entrega, eles se uniram, seus corpos se movendo em perfeita harmonia. O calor se espalhou por suas veias, um fogo que queimava e consumia, deixando apenas a sensação de êxtase absoluto. Eles se perderam um no outro, uma fusão de corpos e almas, um momento de paixão pura e ardente. Quando o clímax os atingiu, foi como uma explosão de estrelas, um brilho intenso que iluminou cada canto de seu ser. Eles ficaram ali, entrelaçados, suas respirações ofegantes e seus corações batendo em uníssono. O mundo parecia diferente agora, mais brilhante, mais cheio de possibilidades.

Esa e Kaarle ficaram ali, abraçados, saboreando o momento de intimidade e conexão, sabendo que, independentemente do que o futuro trouxesse, sempre teriam aquele momento de paixão e entrega.

Deitados sobre as peles macias, com os corpos ainda resplandecendo de calor e desejo, Esa virou-se para Kaarle, os olhos brilhando com uma mistura de preocupação e carinho. Ele acariciou suavemente o rosto de Kaarle, os dedos traçando linhas de ternura na pele aquecida.

— Kaarle... você ainda está tendo aqueles sonhos estranhos? — Esa perguntou, a voz baixa e suave, cheia de preocupação genuína.

Kaarle desviou o olhar, sentindo o peso da pergunta em seu peito. Ele sabia que os sonhos estavam se tornando cada vez mais frequentes, vívidos e perturbadores, mas não queria preocupar Esa. Ele forçou um sorriso e balançou a cabeça, negando silenciosamente.

— Não, não tenho tido mais sonhos — mentiu Kaarle, a voz firme, mas com um tremor sutil que Esa não deixou passar despercebido.

Esa franziu a testa, mas não pressionou. Ele sabia que Kaarle era teimoso e orgulhoso, e que insistir não ajudaria. Em vez disso, ele envolveu Kaarle em um abraço reconfortante, os dedos deslizando pelos cabelos do mais jovem.

— Está tudo bem — murmurou Esa, tentando transmitir segurança e amor em cada palavra. — Eu estou aqui, sempre estarei aqui.

Mas a paz do momento foi interrompida por uma pergunta inesperada, algo que tocou um nervo exposto em Kaarle. Ele se afastou abruptamente, levantando-se da cama de peles e saindo da tenda, nu e vulnerável sob a luz da lua.

Ladar - Sangue & Sacrifício - CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora