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11 - A Batalha de Tessélia - Parte II

O acampamento em frente ao forte de Glariong é uma visão impressionante, uma vasta extensão de tendas brancas alinhadas em fileiras organizadas. As bandeiras vermelhas erguem-se altas, marcando o território dos diferentes regimentos reunidos ali. À distância, o imponente forte de Glariong domina a paisagem, suas torres e muralhas destacando-se contra o céu nublado. É uma fortaleza antiga, suas pedras carregando histórias de batalhas passadas e de resistência contra as trevas de Nänheim. O acampamento fervilha com a chegada de mais soldados. Homens e mulheres de diferentes regiões e habilidades convergem para este ponto, suas armaduras e armas brilhando à luz do entardecer. O som de conversas, risadas e ordens misturam-se com o clangor metálico das armas sendo preparadas e o trote dos cavalos. O cheiro de comida sendo cozinhada em grandes caldeirões flutua no ar, misturando-se ao aroma da terra úmida e do suor dos guerreiros.

Lady Lavínia, a Senhora de Glariong, move-se pela fortaleza com uma graça autoritária. Seus cabelos louros caem em cascata sobre seus ombros, e seus olhos azuis observam tudo com atenção calculada. Ela veste uma armadura elegante, ornada com os emblemas de sua casa, e uma capa azul profunda que balança ao vento enquanto ela caminha. Lavínia é conhecida por sua sabedoria e coragem, qualidades que a tornaram uma líder respeitada.

Ao seu lado está Lanya, uma Keervale. Lanya tem uma presença mais confusa, com cabelos negros e olhos cor de âmbar. Ela veste um manto verde esmeralda, decorado com símbolos de Azaban que brilham suavemente. Sua postura serena e seu olhar perspicaz indicam sua profunda conexão com a natureza e os mistérios do mundo.

A alta feiticeira Duäle, Ayla, segue um pouco atrás. Ela é uma figura impressionante, com cabelos longos e platinados e olhos que parecem conter um universo de conhecimento arcano. Ayla usa vestes roxas e douradas, que ondulam ao seu redor com um brilho quase sobrenatural. Ela carrega um cajado entalhado com runas e adornado com pedras preciosas que irradiam uma luz suave. Dentro da fortaleza, Lavínia, Lanya e Ayla reúnem-se com os líderes dos demais exércitos. A sala de reuniões é ampla, com uma grande mesa de madeira ao centro, sobre a qual mapas e documentos estão espalhados. Lavínia toma a palavra primeiro, sua voz firme e clara.

— Senhores e senhoras, estamos reunidos aqui para coordenar nossas forças contra a ameaça de Nänheim. Cada um de vocês traz consigo o valor e a força de seus povos, e juntos formaremos a linha de defesa que impedirá o avanço das trevas, neste ponto.

Lanya inclina a cabeça, sua voz suave mas resoluta.

— A união de nossas habilidades e recursos será a chave para a vitória. Cada soldado, cada arqueiro, cada mago terá um papel crucial nesta luta.

Ayla ergue o cajado ligeiramente, suas palavras carregadas de poder e supremacia, sua beleza equiparada a uma manhã suave de primavera.

— E a magia será nossa aliada. Estarei conjurando proteções e encantamentos que fortalecerão nossas defesas e debilitarão nossos inimigos. Mas necessito de mais ajuda, não sou tão poderosa assim.

Os líderes presentes assentem, suas expressões sombrias mas determinadas. A estratégia é traçada, com cada comandante recebendo suas instruções detalhadas. Lavínia, Lanya e Ayla movem-se entre eles, oferecendo conselhos e fortalecendo o moral.

À medida que a reunião prossegue, o sol continua a descer, lançando uma luz dourada sobre o acampamento. A movimentação dos soldados intensifica-se, todos preparando-se para o inevitável confronto que se aproxima. Glariong, com sua fortaleza e seus aliados, ergue-se como um bastião de esperança contra a escuridão crescente de Nänheim, um golpe ali significaria a derrota dos povos livres.

O horizonte tingido de tons dourados pelo sol poente foi interrompido pela chegada triunfal da Quarta-Legião Vermelha. Vinte mil homens marchavam em fileiras perfeitas, suas armaduras vermelhas brilhando sob os últimos raios de sol. À frente, montado em um majestoso cavalo negro, estava Narcus, o capitão da legião. Sua beleza era inegável, mas havia uma escuridão palpável em seus olhos pálidos, uma traição silenciosa que se escondia por trás de seu semblante impecável. O acampamento de Glariong fervilhava com murmúrios e exclamações de admiração quando Narcus e seus homens chegaram. Os soldados do forte, exaustos e desgastados pela luta, observavam com uma mistura de alívio e reverência. A própria Lady Lavínia saiu para recebê-lo, acompanhada por alguns de seus comandantes.