Cristiano Jr : Amor Para a Vida

📽 Premiação 📽 ep. 11

18:00

Assim que abri a porta do meu quarto, dei de cara com Cris saindo do dele também. Por um instante, ficamos nos olhando.

Foi então que percebi o motivo pelo qual minha mãe insistiu tanto para que meu vestido fosse rosa. A gravata de Cris era exatamente do mesmo tom. Estávamos perfeitamente combinando, parecendo um casal.

Ele pareceu notar a coincidência ao mesmo tempo que eu. Seus olhos percorreram meu vestido antes de voltarem para os meus olhos.

— Você... você tá linda! — ele disse.

Cruzei os braços e fingi um olhar avaliador.

— Muito obrigada... você também não está nada mal! — provoquei, arqueando uma sobrancelha.

Ele riu e balançou a cabeça.

— Vindo de você, eu recebo isso como um elogio!

Dei um sorrisinho e, sem pensar muito, me aproximei e iniciei um beijo. Meus dedos encontraram a gola do terno dele, puxando-o para mim, enquanto suas mãos deslizaram para minha cintura, me segurando com firmeza.

Em questão de segundos, já estava no quarto dele, pressionada contra a parede.

— A gente precisa descer — murmurei, entre o beijo.

— Vamos.

Saímos do quarto como se nada tivesse acontecido. Enquanto caminhávamos pelo corredor, eu passava os dedos pelos fios do meu cabelo, tentando ajeitá-los, desamassava o vestido amassado e meu batom... bem, a essa altura, já estava completamente borrado.

Assim que chegamos ao andar de baixo, todos os olhares se voltaram para nós.

— Por que eles estão com as roupas combinando? — meu pai perguntou, estreitando os olhos e lançando um olhar desconfiado para minha mãe.

— Porque eles vão entrar juntos — ela respondeu com naturalidade.

Minha cabeça girou para encará-la.

— O quê? Desde quando isso? — questionei, confusa.

— Eu e a Geo decidimos de última hora — minha mãe explicou, como se fosse óbvio.

Cris, apenas deu de ombros.

— Por mim não tem problema.

— Já por mim, tem mil problemas! — meu pai interviu, com ciúmes.

— Não precisa ficar com ciúmes, amor. Não é nada demais. Eles só vão passar pelos fotógrafos, sorrir para algumas fotos e pronto.

Meu pai acabou aceitando... embora não sem antes lançar um olhar mortal para Cris.

...

Quando a van chegou, nos organizamos rapidamente e saímos.

Foi então que a ficha caiu de verdade: eu estava prestes a andar pelo tapete vermelho. Pela primeira vez.

E não era qualquer evento. Era uma grande premiação, repleta por maiores jogadores do mundo. A elite do futebol internacional.

Um turbilhão de emoções tomou conta de mim — medo, insegurança, nervosismo...

Cris percebeu na hora. Ele sempre percebia.

— Você está bem, Fernanda? — sua voz soou baixa, próxima ao meu ouvido.

Engoli seco, tentando disfarçar, mas sabia que não conseguiria enganá-lo.

— Eu não sei se consigo — confessei, nervosa.