Cristiano jr : Amor Para a Vida

💌 Convite 💌 ep. 7 T. 2

Acordei com a luz suave do sol entrando pela janela.

Olhei ao redor e percebi que estava sozinha no quarto. O espaço ao meu lado na cama onde Cris tinha dormido estava vazio, mas o lençol ainda estava amassado.

Instantaneamente, flashes da noite anterior passaram pela minha mente.

Meu Deus.

— Não acredito que eu fiz isso — falo incrédula. — Mas quer saber, eu faria de novo.

Me espreguicei e sentei na beirada da cama meio perdida. Olhei para a porta semiaberta e ouvi o som de alguma coisa se mexendo na cozinha.

Talvez ele esteja na cozinha...

Eu levantei e fui até a cozinha.

Quando cheguei à cozinha, lá estava ele. De costas para mim, vestindo apenas uma calça de moletom e com os cabelos bagunçados. Ele mexia algo em uma frigideira.

Ele virou o rosto para mim e soltou um sorriso.

— Achei que ia dormir até meio-dia — respondeu, virando de volta para a frigideira. — Fiz café e ovos. Não sabia se você ia querer, mas... tá aí.

— Quer dizer que, além de jogador, também sabe cozinhar? — falei me aproximando e me apoiando na bancada ao lado dele.

— Eu tento, né? — ele disse, servindo os ovos em um prato e me passando. — Aqui, come. Você precisa de forças depois de ontem.

— Não exagera, Cris. Eu só bebi... um pouco.

Ele soltou uma risada baixa, encostando na bancada ao meu lado enquanto tomava um gole do café. Mas logo ele para de rir e fica sério.

— O que foi? — perguntei, colocando o garfo no prato.

— Só... queria saber se você tá bem. Ontem, eu podia ter agido diferente, mas... eu só queria ter certeza de que você não ia se arrepender.

— Eu tô bem, Cris — respondi, sorrindo de leve. — E eu não me arrependo de nada.

Ele abriu um sorriso de canto e balançou a cabeça.

— Bom saber — disse, antes de tomar mais um gole do café.

— Eu fiz muita merda ontem né?

— Relaxa, não foi nada demais — disse, se inclinando levemente para me olhar melhor. — Na verdade, foi bem engraçado.

— Engraçado pra você. Eu fui atrás de você no banheiro, Cris. No banheiro!

Ele deu de ombros, tentando segurar o riso, mas falhou miseravelmente.

— Tá rindo agora, né? — retruquei. — Espera só... Nunca mais vou beber.

— Espero.

...

— Acho que tá na hora de eu ir pra casa — falei, passando a mão pelo cabelo, num gesto automático.

— Eu te levo — respondeu, simples e direto.

— Não precisa, Cris. Eu posso chamar um...

— Relaxa, eu te levo.

— Tá bom, então — respondi, meio tímida.

...

Quando finalmente paramos em frente ao meu prédio, ele virou para mim, apoiando o braço no volante.

— Chegamos.

Eu não sabia se agradecia, me desculpava ou dizia qualquer outra coisa.

— Obrigada, Cris. Por tudo. — disse abrindo a porta e saindo do carro.