Quebra tempo
Sexta - 9:00 am
Acordei de um jeito nada delicado, meu quarto foi invadido pelas crianças aos berros.
— Acorda, Fernanda! — gritaram as crianças enquanto pulavam em minha cama, rindo.
— Que horas são? — murmurei, tentando entender o que estava acontecendo.
— Já são 9:00, princesa.
A voz veio da porta. Levantei o olhar e dei de cara com Cris, encostado na porta com os braços cruzados e um sorriso nos lábios.
— Como assim já são 9:00? — perguntei, sentando-me na cama num pulo.
— Pois é, gatinha. Se atrasou. — Ele disse se divertindo com meu desespero.
— Ok, ok, já entendi. Mas agora... SAINDO TODO MUNDO! — Empurrei as crianças para fora do quarto, uma de cada vez, sob protestos e risadas.
Cris ficou parado na porta, me observando com um sorrisinho de canto.
— Você também, Cris. Dá o fora! — apontei para o corredor, tentando parecer brava.
Ele ergueu as mãos em rendição.
— Te vejo lá embaixo, dorminhoca.
Assim que fechei a porta, soltei um suspiro aliviado. Meu Deus, que caos.
Corri até minha mala ainda aberta e comecei a organizar as últimas coisas.
...
Depois de tomar um banho e me vestir, saí do quarto e caminhei pelo corredor, pronta para descer e tomar café da manhã.
Foi então que ouvi uma voz masculina atrás de mim.
— Pra onde você vai?
Virei-me e dei de cara com Cris, encostado no batente da porta do quarto dele, com aquele maldito sorrisinho de canto.
— Vou tomar café. — respondi, sustentando seu olhar.
Virei-me para continuar meu caminho, mas, antes que eu desse mais um passo, senti seus dedos deslizando entre os meus, segurando minha mão. Meu corpo travou no mesmo instante.
— Desculpa por não ter te acordado antes... — sua voz veio baixa, rouca. — Você parecia estar dormindo tão bem.
— Não tem problema. — sorri.
Ele fez menção de se afastar, voltando para o quarto, mas antes que pudesse, segurei sua mão, impedindo-o.
— Cris... — respirei fundo, reunindo coragem. Talvez essa fosse a melhor hora para perguntar. — Se eu te pedisse uma coisa, você faria?
Seus olhos analisaram os meus por um momento, e então ele sorriu de leve.
— Com toda certeza do mundo.
— Você... você quer ser o meu príncipe de 15 anos? — minha voz saiu mais rápida do que eu gostaria, dando a perceber o meu nervosismo.
Por um segundo, Cris ficou em silêncio.
Mas então, seu sorriso se alargou.
— É claro que eu quero!
Ele me puxou para um abraço apertado. Senti sua respiração contra minha pele, seu cheiro.
E então, num movimento suave, ele roçou os lábios nos meus e me deu um selinho demorado.
Eu sorri contra sua boca.
Talvez essa fosse a resposta que eu mais queria.
Aeroporto ✈
Paris, França 12:30 am
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