LVIII

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Os dias se passaram rapidamente, já era sexta-feira, começaria a trabalhar na segunda – em dias intercalada no período da tarde – e domingo era meu aniversário. Não que eu estivesse animado para isso de qualquer forma.

— Obrigado. – Eu disse educado ao rapaz que havia entregado meu crachá e meu cartão de acesso.

— De nada. – Sorriu simpático. – Segunda sua supervisora te dará todos os detalhes de sua função. Tente chegar um pouco mais cedo, uns 20 minutos pelo menos.

— Certo. – Acenei com cabeça. – Obrigado de novo, bom trabalho.

Ele agradeceu e se levantou da cadeira, indo até uma outra área do escritório.

Respirei fundo, curvando meus lábios em um sorrisinho contente ao ver o crachá com minha foto.

Me apressei em sair dali para pegar o elevador e ir embora do local empresarial, rumando para casa.

Já sabendo que o que me aguardava mais tarde era apenas a extensão de todo silêncio e estranhamento de meu pai desde o dia que acidentalmente e de uma maneira conturbada, soube sobre minha sexualidade e que eu namorava Jungkook.

Suspirei cansado e as portas do elevador se abriram, entrei juntamente a mais três pessoas e me esgueirei até o cantinho do local.

Apoiei minha cabeça na parte metálica ao meu lado.

Após alguns segundos o elevador parou novamente, o enchendo consideravelmente.

Não havia feito menção de levantar meu olhar para ver aquelas pessoas, até ouvir uma voz conhecida e sua risada logo em seguida.

Ergui a cabeça um pouco surpreso, vendo meu pai lá na frente conversar animadamente com, quem eu reconheci ser, Seoyeon. A mesma que havia me entrevistado e seria minha supervisora daqui pra frente.

Franzi o cenho levemente triste, em casa ele nem me direcionava uma mísera palavra, mas com sua colega de trabalho esbanjava uma boa simpatia e risadas.

Comprimi os lábios e voltei a olhar para baixo, torcendo para que eu continuasse invisível para ele.

Não demorou muito para que os dois, juntos a mais algumas pessoas, saíssem em um andar que eu não me importei muito em prestar atenção qual seria.

Não muito depois eu já caminhava em passos tranquilos para a saída, avistando meu namorado sentado no sofá me aguardando.

Sorri minimamente vendo sua cara emburrada para o celular, provavelmente jogando algo.

— Demorei muito? – Perguntei com a voz mansa assim que cheguei perto o suficiente.

Ele levantou seu rosto no mesmo instante negando com a cabeça, me lançando um sorriso acolhedor: — Não, gatinho. – Bloqueou seu celular. – Como foi?

— Tudo certinho. Aqui, olha! – Mostrei meu crachá pra ele, sorrindo de modo meigo, mas não verdadeiramente feliz.

— Lindo. – Disse pegando o crachá com calma, vendo minha foto.

Freedom  ❧  Jjk + Pjm Onde histórias criam vida. Descubra agora