Capítulo 17

86 20 0
                                    


Pete

— Posso te ajudar com mais alguma coisa, Porsche?

— Já arquivou aqueles documentos?

— Sim, e como a pasta ficou cheia, aproveitei e criei uma para os próximos documentos.

— Não estava brincando quando disse sobre a vaga aqui, viu?! — sinaliza e sorrio sem graça.

Sempre gostei das atividades do tribunal, mas confesso que desde o assassinato, nunca mais foi a mesma coisa.

— Imagina… tô fazendo nada praticamente.

— Homem, imagina você fazendo, então. Fez o arquivo de meses que estava ali esperando. As coisas acumularam desde que fiquei afastado.

— Soube ontem do que aconteceu, sinto muito.

— É passado, eles não podem mais machucar ninguém.

— Que bom que no final deu tudo certo.

— Olha, Pete, não é porque é meu homem não, mas eles são realmente muito bons no que fazem e não medirão esforços para te ajudar. Especialmente Vegas — diz dando uma piscadinha.

— Eu sei.

— Logo toda esta confusão ficará para trás.

— É o que mais quero.

— Agora, me conta… — começa, mas o telefone toca.

Seu semblante imediatamente muda. Onde antes tinha um sorriso, agora vejo preocupação.

— Não!! — Soa aflito, então olha na minha direção. — Está comigo… estamos indo.

— O que houve? — pergunto sem rodeios.

— Algo sobre o Max — desconversa. — Chamaram a gente na sala de guerra.

— Porsche— seguro seu ombro —, o que houve? — repito.

— Pegaram ele — diz com os olhos cheios de lágrimas.

Não.

—Vamos, estão nos esperando. — Agarra a minha mão e, em meio ao choque, sou levado até a sala do Allan.

Todos estão lá.

Porsche corre em direção a Kinn que o abraça e o conforta.

— Ele vai sair dessa. O filho da puta é duro na queda — sussurra contra seus cabelos.

Encontro seu olhar e sei que ele está preocupado.É seu amigo… irmão.A culpa me invade, por mais que digam o contrário. Meu coração bate descompassado e respiro fundo.

— O que já sabemos? — Porsche dispara após alguns segundos.

— Foram os albaneses — Kinn explica.

— Certeza?

— Eles deixaram isso bem claro, acredite — Allan devolve.

Tensão.

— Algo nas câmeras, A? — Kinn questiona.

— Conseguimos acompanhar eles até a Ostwall Strasse. Estou cruzando com os imóveis que temos naquela região, mas é como procurar uma agulha num palheiro.

— Eles vão entrar em contato. — A voz rouca de Vegas soa no ambiente. — Eles não querem ele… — complementa, tristeza inundando sua voz.

Eu sou o alvo.

O celular de Kinn toca e ele troca olhares com Allan.Em fração de segundos, o aparelho está no viva-voz.

— Pronto — atende, o som ecoando pelo ambiente.

Strong : VegasPete (Finalizada)Onde histórias criam vida. Descubra agora