Capítulo 13

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Vegas

Roço meus lábios nos seus e deito ao seu lado Na minha cabeça apenas um pensamento: Meu.Estou fodido.Prová-lo não amenizou porra nenhuma. Eu o quero… de novo e de novo.

— Tudo bem, Pete? — pergunto virando meu rosto na sua direção.

Estamos ambos esgotados, mas ainda assim, recebo o seu sorriso e meu coração acelera como um adolescente.

— Tudo ótimo, parece que corri uma maratona.

— Cardio é sempre bom — brinco.

— Se a academia fosse assim, faltaria vaga — devolve e não posso deixar de sorrir.

— Posso ser sua academia particular, o que acha?

Morde os lábios, o sorriso se estendendo…

— Devo admitir que é uma proposta tentadora.
Lindo.

— Já volto — sinalizo ao me levantar, nem me preocupando em esconder minha nudez.Descarto a camisinha no banheiro, enrolo uma toalha no quadril e dou uma espiada nas câmeras.

Nada fora do normal.

São quase vinte e duas horas e tranco tudo. Talvez eu trabalhe um pouco mais tarde, mas, por ora, só quero uma coisa.

Ele.Encontro-o sentado na cama.

— Achei que não fosse voltar.

— E perder a oportunidade de ter você ao meu lado, totalmente nu. Nem fodendo.

— Você é louco — devolve e talvez ele tenha um pouco de razão.

Eu não deveria estar aqui.Não sou assim.
Normalmente, é apenas uma foda, sem compromisso.Porra, às vezes não sei nem o nome de quem fodo, só garanto que tenha um bom tempo. É uma boa troca. Sempre foi simples, até Pete entrar na minha vida feito um furacão.
Deito ao seu lado e estendo o braço para o lado num convite. Ele olha e então se aconchega.

Porra, é bom…

Aproveito o momento, apoio a cabeça no travesseiro, e com a ponta dos dedos acaricio seu braço, seus cabelos, apenas curtindo tê-lo ali comigo, o rosto apoiado no meu peito, ouvindo sua respiração acalmar e saber que fui eu que a fiz perder o controle.

Ele se entregou… para mim.Caralho, Pete, o que vou fazer com você?

— Obrigada — sussurra, mas eu escuto.

— Pelo quê? — questiono, tocando gentilmente seu cabelo.

— Por me mostrar — completa erguendo o rosto e encontrando o meu olhar.

Nos seus olhos, geralmente tristes, eu vejo algo diferente.Felicidade?Quero acreditar que sim.No momento, eu me sinto o homem mais sortudo, por ter esse homem aqui comigo. E isso é assustador pra caralho.

— Eu… — Travo.

Pela primeira vez, não sei o que falar. Eu poderia fazer alguma piadinha, mas não.Um bocejo escapa dele… e aproveito a distração. Melhor deixar isso para lá, logo essa pressão no meu peito vai passar.

— Você vai ficar aqui mesmo? — pergunta baixinho, a voz carregada de sono.

— Exatamente onde estou — asseguro e vejo seu corpo relaxando ao meu lado. — Durma bem, Pete ,você está seguro.

Não sei quanto tempo passa… Tal como na noite anterior, tê-lo em meus braços é relaxante pra caralho.Um relâmpago ilumina o céu.Uma tempestade se aproxima.A sensação de perigo, a mesma que senti quando deixamos a casa, continua presente.Uma grande tormenta se aproxima.Deixo o sono vir, aproveitando a paz que eu sei, não durará muito. Eu só preciso mantê-lo seguro, custe o que custar.

Strong : VegasPete (Finalizada)Onde histórias criam vida. Descubra agora