mata

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Estou em um parque da cidade, uma reserva tranquila
um pouco afastada, no fim da cidade. Geralmente venho
aqui para caminhar com minhas amigas, no entanto, hoje
vim sozinha, infelizmente um de minhas amigas teve de
ficar com a filha doente e a outra foi acometida por dores
no corpo. O silêncio ao meu redor é quebrado apenas
pelo canto distante dos pássaros e o farfalhar das folhas.

Decido sair do caminho popular e vou para uma das
trilhas para me aventurar e entrar em contato com a
natureza, Enquanto caminhando ouço um som estranho
atrás de mim. Sons de passos rápidos e pesados,
ecoando na quietude do parque. Meu coração acelera, e
eu me viro rapidamente, mas não vejo ninguém. Tento
me convencer de que é apenas minha imaginação.

Continuo caminhando, mas agora meus sentidos estão
em alerta. O som volta mais próximo desta vez, como se
algo ou alguém estivesse me seguindo. Sinto um arrepio
percorrer minha espinha. Acelero o passo, desejando
alcançar a parte mais movimentada do parque, onde me
sentiria mais segura. Se fosse por um outro caminho
chegaria lá se nenhuma dificuldade.

Cada vez que olho por cima do ombro, não vejo nada
além das árvores e do caminho vazio. O pânico começa
a crescer dentro de mim. Tento manter a calma,
respirando fundo e dizendo a mim mesma que estou
exagerando. Mas o som persistente dos passos pesados
desmente minhas tentativas de racionalizar o medo.

De repente, ouço um galho quebrar bem atrás de mim.
Meu corpo inteiro fica tenso, e sinto o instinto de correr.
Antes que eu possa decidir o que fazer, sinto uma
presença se aproximando rapidamente. Viro-me de umavez e vejo a silhueta de uma figura alta e imponente,
parcialmente escondida pelas sombras das árvores.

O rosto está envolto na escuridão, mas posso ver o
brilho frio dos olhos observando cada movimento meu.
Começo a recuar lentamente, tentando não provocar
uma reação agressiva. Minha respiração está
entrecortada, e meu coração bate descontroladamente.

- Quem está aí? - minha voz sai trêmula, mas a figura no
responde. Apenas continua a se aproximar, passo a
passo, com uma lentidão assustadora.

Desespero-me e começo a correr, sem olhar para trás. O
som dos passos pesados ressoa mais alto, como se
estivesse me perseguindo. Minhas pernas ardem com o
esforço, e a paisagem ao meu redor se transforma em
um borrão. Tento lembrar o caminho de volta à entrada
do parque, mas o pânico embaralha meus pensamentos.

Existiam pequenas fofocas de que existia uma onça no
parque mas não acreditava que fosse possível.

Finalmente, vejo a saída do parque ao longe, e uma
fagulha de esperança nasce dentro de mim. Corro com
todas as minhas forças, quase tropeçando nas raízes e
pedras espalhadas pelo caminho. Quando estou prestes
a alcançar a saída, sinto uma mão fria agarrar meu
ombro, puxando-me com força.

Grito, virando-me para enfrentar meu perseguidor. Para
minha surpresa, não encontro uma criatura monstruosa,
mas um homem comum. Seu rosto é pálido e suado, os
olhos arregalados de medo.

A realidade começa a se distorcer. O medo em seus
olhos é genuíno, espelhando o terror que eu mesma.

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⏰ Última atualização: Jul 13 ⏰

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