The Kidnap - Hinny

cap. 7

Harry Potter - The Kidnap
🎧Bad Reputation - Shawn Mendes

A princípio, não havia muito o que fazer para reparar meus erros.

Sirius tentou me convencer de que se culpar não ajudaria em nada, até porque compartilhávamos do mesmo deslize e poderíamos pensar em reforçar a segurança depois da festa, mas eu não conseguia evitar se frustrar pela pilha gigante de merdas e erros que eu eu estava erguendo. Tudo ameaçava cair como um castelo bambo de cartas de baralho, e pouco a pouco, eu também me afundava.

Isso se refletia no agora, minha noite havia sido péssima e malmente preguei os olhos por meia hora. As três da madrugada, sai furtivamente e peguei uma prancha para pegar umas ondas, quando cheguei no meu limite, deitei sobre a areia e esperei os batimentos acalmarem. Hoje, quando acordei, as olheiras estavam profundas e o cheiro de mar se impregnou completamente em meu corpo.

-Vou ondular meu cabelo, o que acha, James? - Minha mãe questiona.

-Meu amor, você ficaria linda careca e até com a calvisse do Lupin. - Papai responde, segurando seu rosto e distribuindo beijos por todo o contorno de sua face.

Eu os estava observando pela varanda, os dois estavam sentados nas espreguiçadeiras distribuídas ao redor da piscina. Minha mãe usava seus óculos de sol e seu biquíni azul com bolinhas brancas, meu pai exibia seu óculos de aro ridiculamente quadrado e um shorts ainda mais patético, só para combinar com ela. Essa era a rotina do verão em Miami, eles sempre aproveitam um tempinho a sós para ficar de bobeira, e eu não teria vindo aqui se não soubesse que talvez precisasse dessa ingestão de paz para suportar o dia.

Normalmente não tenho chances de encontrá-los por aí, mas também não gosto de se intrometer em nada, então caminho em direção a cozinha. Virgínia, uma espécie de governanta que já foi minha babá um dia e agora cuida de Arwen quando é necessário, está escorada na bancada dando pequenas colheradas de mingau para um bebê especialmente irritado.

-Bom dia, Vi. - Falo, a chamando da mesma forma que pronunciava quando criança.

-Ah, bom dia, Harry! Quanto tempo, já te disse o quanto sinto sua falta em Nova York? - A velha senhora diz, enquanto carinhosamente beijo sua bochecha e brinco com Arwen.

-A mesma quantidade de vezes que disse que sou parecido com seu filho Louis quando tinha minha idade.  - Digo, sentando do lado oposto onde os dois se encontravam. - Estou contente que tenha vindo para cá.

Fico feliz ao reparar que a senhora já havia preparado meu café, mas ao mesmo tempo, me pergunto como ela consegue fazer tantas coisas em tão pouco tempo. Se bem que já eram dez horas da manhã, mas isso não vem ao caso.

-Que coisa feia está seu rosto! Essas olheiras, que tal um creme? Eu trouxe alguns, talvez quem sabe algumas pedras de gelo, você andou bebendo muito energético? Que mania feia, garoto, que mania feia! - Sua boca soa como uma metralhadora de palavras, e Arwen bate suas mãozinhas sobre a cadeira de alimentação, como se concordasse.

-Ei, vai com calma. Tá tudo bem, vai sumir logo, e se você ficar de boa, prometo que deixo pentear meu cabelo 'pra hoje a noite. - Me antecipo, tranquilo. - E eu não bebo energético, prefiro tequila.

Brinco com ela e sua feição endurece imediatamente, sei que se estivesse alguns centímetros mais próximo, receberia uma dúzia de tapas em meu ouvido.