Capítulo 38

186 25 5
                                    

Preciso de você aqui

★Lívia★

    Marquei no calendário que tinha na geladeira da minha nova mãe, dona Célia.

    Dia 29 de setembro, eu amava setembro, o ano já estava acabando e está tudo tão bom.

    Dinho não estava em casa, ele foi em uma entrevista na TV, eu até assistiria, mas hoje tem jogo, meu novo pai, seu Hidelbrando, não iria de jeito nenhum trocar de canal.

    — Daqui a pouco ele liga — Dona Célia falou e depois deu uma risada fraca.

    — A senhora acha? — Perguntei me sentando na mesa junto com a mais velha, voltando a cortar o tomate.

    — Absoluta, ele ficou chateado quando você falou que não iria com eles — Ela falou descascando o alho.

    — Mãe, eu já tinha ido com ele esses dias! Foi dia 26! Não vou acompanhar ele sempre...

    — Vai sim, você ficou aqui um dia e depois saiu pra ir atrás dele, vocês não conseguem ficar desgrudados — Ela falou rindo.

    — Isso é ruim? — Perguntei insegura.

    — Não, muito pelo contrário...

    O telefone tocou e eu me levantei, me aproximei, tirei do gancho e levei até o meu ouvido.

    — Alô?

    — Oi! Por que você não veio? A gente tá com saudades! — Era Julio, ele falava triste e eu dei risada.

    — Oi, Julio, cê quiserem eu passo mais tarde aí — Falei rindo fraco.

    — Promete?

    — Prometo!

    — Então acelera aí, o Dinho tá doente aqui! — Julio falou rindo.

    — Oh, meu Deus, o que minha criança tem? — Perguntei manhosa.

    — Tá todo triste aqui, falando toda hora que tá com saudades...

    — É a Lili? — Escutei Sérgio no fundo — Deixa eu falar com ela...

    — Eu também quero! — Samuel falou e eu sorri.

    — Quem?! Lili! Deixa eu falar com essa mulher!!! — Bento falou brincalhão e eu ri.

    — Cala boca! — Escutei o telefone ser passado — Oi, Lili! Saudades! — Sérgio falou, eu sabia que ele estava sorrindo.

    — A gente se viu ontem! — Falei rindo e ele riu fraco — A Cláudia vai te buscar mais tarde, vamos passar a maior parte do tempo aqui, o Dinho vai enlouquecer!

    Ah, meu Dinho, tadinho. Não sobrevive sem mim, também amo ele!

    — Fiquei sabendo! Mas agora passa o telefone pra outro aí, a fila é grande! — Falei e ele riu alto.

    — Desculpa aí! Cê me ama tanto, meu Deus! — Ele falou e o telefone foi passado novamente.

    — Oi, gracinha, tamo com saudades, vem logo! — Era Samuel, grande Samuca!

    — Também, narigudo! Vou tentar vir o mais rápido possível, vou com a Cacá, daí o tempo é com ela! — Falei e escutei ele sorrir.

    — Vou passar o telefone pro Bento, se não ele vai me bater... — Ele falou e eu ri, escutei o telefone ser passado.

Minha Estrela >> DinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora