Extra #4

50 8 11
                                    

Outra realidade

Outra realidade

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Lívia

09:19 do dia 3 de março de 1996:

    Levantei e escutei choros, apertei o passo e desci as escadas, olhei e dona Célia, tia de Dinho, Grace e Marcos estavam todos chorando.

    — O que aconteceu, gente? — Perguntei preocupada.

    Seu Hidelbrando me olhou, ele parecia ter chorado muito, o que aconteceu?!

    Ele se levantou e me conduziu até o quarto de Dinho, ele se sentou ao meu lado na cama e pegou na minha mão.

    — A gente tem uma coisa para te contar, mas tenta se acalmar, pode ser? — Seu Hidelbrando falou e vi sua voz falhar por um momento.

    — O que aconteceu?

    Vi as lágrimas caíram de seu rosto e ele suspirou.

    — O avião dos meninos caiu... — Ele falou e eu me levantei assustada.

    — O que?! Não, mas eles já estão no hospital?! O Dinho está bem?! Eu quero ir ver o...

    Tentei me afastar, mas seu Hidelbrando segurou meu pulso.

    Olhei para ele, ele passou a mão no rosto, secando algumas lágrimas, ele me olhou e começou a chorar de novo.

    — Não, querida... Eles... O Dinho não... — Ele não conseguia falar, sua voz chorona e o pânico me dominou — O enterro já vai ser amanhã, querida... Eles estão resgatando o corpo deles... Ele...

    — NÃO! NÃO!!! DINHO!!! — Gritei chorona — ELE NAO, JESUS! NÃO!!! — A porta foi aberta e eram meus pais e trás deles estava Grace e Marcos.

    Meu pai me abraçou fortemente e minha mãe chorando também, ela tentava me acalmar.

    — Calma, minha filha... — Minha mãe falava chorona.

    — NÃO!!! NÃO LEVA O MEU DINHO!!! NÃO!!! NÃO!!! — Eu berrava nos braços do meu pai.

    Grace chorava abraçada com Marcos, já Marcos... Ele já tinha chorado tanto, ele já tinha aceitado.

    Me sentei no chão e minha mãe me abraçou.

    — Meu amor, se acalma, por favor...

    — Eu quero o Dinho... Eu quero o meu namorado! Ele é o amor da minha vida, mãe! — Falei e dona Célia apareceu na porta, ela começou a chorar ainda mais depois de escutar o que eu disse — Eu quero o Dinho...

16:29 do dia 3 de março de 1996:

    Eu odiava enterros.

    Eu odiei esse mais do que tudo na minha vida...

Minha Estrela >> DinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora