Capítulo 22

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Dona Célia

★Lívia★

    — Hoje? Mas tinha que ser hoje, Alecsander? — Perguntei, começando a me irritar — Vai fazer um mês e meio que a gente namora!

    — Então, Xuxu! Minha mãe tava doida querendo te conhecer, então eu marquei um almoço hoje, vamo, se arruma, pitchula! — Ele puxou minha mão e me empurrou de leve para o meu quarto.

    Olhei para ele nervosa, meu pai já está se irritando comigo, minha mãe estava me olhando séria.

    — Lívia, vai logo se arrumar! — Meu pai brigou — O Dinho já marcou um almoço para você conhecer a família dele! Ele conheceu a nossa, agora só falta você!

    — Tá bom! — Fui para meu quarto.

    Fui até meu calendário, risquei o 2, sim, já era dia 3 de setembro.

    Dinho estava praticamente morando aqui na casa dos meus pais, dormíamos em camas "separadas", mas os meus pais nem ligavam mais.

    Coloquei uma calça jeans e uma blusa branca básica.

    Coloquei meu tênis e saí do quarto.

    — Tô bonita? — Perguntei dando uma voltinha e Dinho sorriu.

    — Tá perfeita, não tem como minha mãe não gostar de você — Ele falou me dando um abraço.

    Peguei minha bolsa em cima da mesinha e peguei na mão de Dinho.

    — Tchau mãe, tchau pai! Eu já vou indo! — Falei e minha mãe veio atrás, vendo eu e Dinho, sorriu e cutucou o ombro do meu pai.

    — Marcelo... Vai lá pegar a máquina! — Ela pediu chorona — Tão bonitinhos juntos!

    Meu pai levantou, foi até seu quarto e pegou a máquina, voltou para a sala e organizou para tirar uma foto minha com Dinho.

    — Prontos?! — Meu pai perguntou sorridente.

    — Tamo, sogrinho... — Dinho deu um sorriso gentil e eu também.

    O flash fez meus olhos arderem, enterrei meu rosto no pescoço e ele deitou a cabeça sobre a minha.

    Esfreguei os olhos ali e logo me separei de Dinho.

    — Arde os olhos, né? — Ele perguntou rindo e eu ri junto com ele.

    — Muito! — Sorri e ele pegou na minha mão.

    Acenei para meus pais e saímos de casa. Dinho segurava minha mão, a minha mão estava começando a suar.

    Eu estava nervosa, isso era fato. Larguei sua mão e abracei seu braço, dele deixou e continuamos o caminho em silêncio.

    — Preciso conversar com Roberto Leal... — Ele falou de repente.

    — Por que? O que foi? — Perguntei olhando para ele.

    — Sabe o vira vira? — Concordei com a cabeça — Ela foi inspirada nas músicas do Roberto Leal, escuto ele e gosto das músicas dele desde muleque. Tá dando umas discussões, falando que é uma baixaria, que só tem putaria.

    Olhei confusa para ele.

    — Ué, mas não é verdade? Qual é o problema? — Perguntei olhando para ele.

Minha Estrela >> DinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora