Capítulo 60

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Natal

★Lívia★

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★Lívia★

    — Dinho! Pegou tudo?! — Gritei e ele correu, entrou no carro ofegante e ligou — O carro é bonito.

    — Obrigado, pitchula! — Ele falou e deu ré, olhou para frente novamente e começou a seguir o carro do meu pai.

    Suspirei fundo, feliz por passar um natal com Dinho, pela primeira vez.

    Senti a mão de Dinho na minha coxa e eu sorri, coloquei minha mão por cima da sua e olhei para ele, que sorria enquanto olhava para a pista.

    — Sua família vai tá na tua avó? — Dinho perguntou enquanto eu me aconchegava no banco.

    — Uhum... — Resmunguei — Menos o meu tio Antônio...

    — Por que? Sua mãe disse que ele quase não vai nas festas e feriados na sua vó.

    — Ele é gado da mulher dele, ela não gosta da nossa família e então prefere passar tudo isso com a família dela — Expliquei e ele começou a acariciar minha coxa.

    — Cê gosta da minha família? — Ele perguntou e me olhou rápido.

    — Amo, prefiro a sua do que a minha — Falei e soltei uma risada fraca — Eu só não conheço a sua família da Bahia.

    — Eles vão amar você, o Jorge é de lá — Ele falou e eu olhei confusa para ele.

    Quem era Jorge mesmo?

    Ah, tá, lembrei. É um primo dele, acho que ele estava lá no almoço de quando eu conheci a família do Dinho.

    — Tenho poucos parentes por aqui, a maioria fica na Bahia — Ele explicou e entramos na estrada de chão, era horrível, o carro mexia muito.

    Olhei para ele e sorri.

    Ele parecia tranquilo, sem preocupações.

    — Tá bom, senhor Alecsander Alves! — Falei, chamando a atenção dele — Quais imitações você sabe fazer?

    Ele pareceu pensar, mas logo deu um sorriso.

    — Bah! Oi! — Ele imitou Silvio Santos e eu ri — Mas, bah! Quem quer dinheiro?!

    Gargalhei e ele riu.

    — Mas aqui, aqui no meio desse mato, tem pessoas, pessoas morando por falta de condições! — Ele imitou uma voz estranha, era de um repórter antigo.

    Ri mais um pouco e olhei para o mato ao lado da estrada.

    — Já pensou em morar em fazenda? — Perguntei.

    — Mas a gente mora — Ele respondeu rindo e eu ri envergonhada.

    — Aé, esqueci — Falei enquanto ele gargalhava — Para de rir! Disfarça, eu esqueci, Dinho!

Minha Estrela >> DinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora