Capítulo 50

165 20 8
                                    

Guerra entre SBT e GLOBO

★Lívia★

    Os meninos estavam em uma participação nova no Gugu, não teria programa, iriam apenas cantar no programa dele.

    Estava tudo uma loucura, eles não paravam em casa, eu já não via o Dinho com tanta frequência.

    — Será que o Gugu ganha hoje? — Grace perguntou para Marcos.

    — Prefiro o Faustão — Ele respondeu.

    — Do que vocês estão falando? — Perguntei confusa.

    — Da guerra entre a SBT e a GLOBO, não ouviu falar? — Grace perguntou e eu neguei — Toda vez que o Dinho e os pessoal vão para algum programa, tem Record de Ibope na emissora, Record!

    Olhei incrédula para a Grace.

    — Grace, quantos anos você tem? — Perguntei assustada.

    — 15! Por que? — Ela perguntou inocente.

    — Nega, eu com 15 anos, ainda tava indo pra parquinho com minhas amigas, e nossos pais iam junto! — Falei e os dois riram.

    Eu assistia o programa junto com Grace e Marcos, Grace fazia alguma tarefa da escola dela e Marcos comia uma maçã.

    — Tá difícil aí, Grace? — Perguntei me sentando ao lado dela.

    — Eu tô fingindo que sei, daí a professora finge que tá certo — Ela brincou e eu ri — Me ajuda?

    — Claro, que matéria que é? — Perguntei olhando para seu caderno.

    — Matemática.

    Soltei uma risada debochada.

    — Grace... Eu só colava, tá? Eu só colava! Você devia fazer o mesmo, quer dica? — Brinquei e ela gargalhou junto com Marcos — Mas Grace, você pode me perguntar qualquer coisa, menos matemática, não sei nem contas de X.

    Me levantei e fui para a cozinha.

    Cheguei perto do calendário da dona Célia e marquei o dia.

    Dia 5 de novembro de 1996
    Domingo

    Os dias passaram rápido, eu tinha que conversar com Dinho, para ver onde vamos passar o natal e o ano novo.

    Hoje é domingo, o que significa que:

    Dinho e os meninos não estão em casa, dona Célia vai ficar na igreja, seu Hidelbrando fica dormindo e os meus cunhados ficam comigo.

    Fui até a geladeira, abri e olhei o que tinha ali dentro.

    Nos domingos, eu quase não vejo o Dinho, tanto que hoje, ele foi fazer participação especial e mais tarde vai fazer show aqui em Guarulhos, em Jundiaí e na Americana.

    Ele chegava cansado, nunca parecia, mas ele estava.

    Quando ele chega, dá atenção para mim e para sua família, é lindo.

    — Bom dia, minha filha — Dona Célia apareceu de repente na cozinha, me deu um beijo na testa e deixou uma sacola em cima da mesa.

    — Bom dia, mãe — Era estranho chamar a dona Célia de mãe, mas eu gostava, gostava do carinho que a família do Dinho tinha por mim.

Minha Estrela >> DinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora