Capítulo 31

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Eu não sinto sua falta

★Lívia★

    Nunca gostei dela, eu também não tinha motivos para gostar dela.

    — Quem é o seu namorado? — Ela perguntou e eu fechei a cara — Ah, qual foi? Aquele caso da Isa foi há muito tempo, nós éramos crianças!

    — Eu sei, mas você deu em cima do Paulo no último jantar da família, não vou falar...

    — Lili, isso aqui serve no Dinho? — Aninha perguntou olhando para a blusa.

    Olhei para ela com raiva, foi quando ela percebeu que atrapalhou em algo.

    — Dinho? Dinho dos Mamonas? — Ana perguntou curiosa — Até parece que o Dinho iria querer você!

    — Eu até hoje me pergunto a mesma coisa! — Entreguei um real para a mulher, peguei a sacola e comecei a me afastar, seguindo Cláudia e Aninha.

    Saímos da loja e eu pisava duro.

    O pai da Ana era um dos mais velhos, minha avó tinha tido no total de 9 filhos, e o pai dela era o 7°.

    Eu nunca vi a carcaça dele, nunca foi em um almoço ou janta da família, mas a Ana sim, ela iria na maioria, e ninguém gostava dela ou do pai dela.

    — É a Ana? — Aninha perguntou e eu concordei, Aninha me olhou chocada — Meu Deus! Ela tá muito diferente! — Ela passou a me olhar incrédula.

    — Diferente como? Mais vulgar? — Perguntei e Cláudia e Aninha riram.

    Escutei alguém correr atrás de mim e eu e as meninas olhamos.

    — Lívia! Prima querida! — Ana se aproximou e novo — Você vai na janta na casa da vó?

    Olhei para ela de cima de cima.

    — Não tô sabendo de nada — Falei me virando de costas.

    — Sua mãe falou mesmo que esqueceu de avisar, vai ser dia 13 — Ela sorriu sínica — Te vejo lá!

    Ela se virou e voltou para a loja.

    Garota sonsa.

★★★

    Saímos apressadas do táxi e entramos na van junto com os meninos.

    — Eu falei para não atrasar, Lili! — Dinho me abraçou e viu que tinha uma sacola na minha mão — Que isso?

    — Drogas... Drogas pesadas! — Brinquei e ele riu, entreguei para ele, ele me olhou confuso mas pegou a sacola — Comprei para você.

    — Ow! Não precisava, xuxuzinho! — Nos sentamos e ele abriu, pegando a blusa e olhando — Que linda!

    — É G, será que serve? — Perguntei olhando o tamanho da camisa que usava.

    — Serve, claro que serve! — Ele tirou sua camisa e vestiu ela — Viu só!

    Meu Deus.

Minha Estrela >> DinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora