05.

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Richard Rios.

Na noite de domingo eu e os meninos marcamos de ir em uma balada daqui de São Paulo. Tô bem feliz pelo jogo de hoje, fiz gol e consegui dar meu máximo.

Me olho no espelho colocando minha correntinha prata no pescoço. Tô com camisa preta, calça folgada da mesma cor e tênis branco.

Pego meu celular e as chaves do carro, saio de casa trancando a porta e entrando no carro dando partida.

•••

Quando chego na balada subo diretamente pro camarote. De longe avisto o Piquerez e caminho até ele que já tá com uma bebida de procedência duvidosa na mão.

- fala palhaço. — dou um tapa na nuca dele e ele me olha com raiva.

- já ia te dar um murrão. — ele fala virando de frente pra mim.

- eita, calma tigrão.

Ele dar risada e um murrinho de leve no meu ombro.

- cadê o Veiga? — pergunto vendo que ele não está por ali.

- nem chegou ainda. Quer? — o Piquerez me oferece um copo com bebida e eu pego.

Começo a observar as mulheres da balada e nenhuma me interessa, mas é só o começo mesmo, mais tarde isso aqui vai tá cheio.

Olho pra entrada da festa e vejo o Raphael entrar de mãos dadas com a irmã dele. Sério que ele trouxe essa criatura junto?

Observo eles se aproximarem e abro um sorriso de deboche pra menina do lado do meu melhor amigo vendo ela revirar os olhos.

Ela tá de vestido preto colado e curto, com um salto nos pés.

- caralho. — escuto o Piquerez falar baixinho do meu lado e olho pra ele vendo que seu olhar tá preso na irmã do Veiga.

- tem como parar de babar na minha irmã, Joaco? — o Raphael percebe.

- gosto de observar mulheres bonitas. - o Piquerez diz brincando com a morte e eu dou risada.

- então pode parar de observar essa por que além de ser minha irmã, ela namora. — o Veiga fala me fazendo olhar pra ele.

Como assim ela namora?

•••

Depois de um tempo a balada começou a encher de gente e de mulher bonita, graças a Deus.

Observo lá em baixo e vejo uma morena me encarar e sorrir de canto, retribuo o sorriso pra ela mas nem dou muito bola.

Passo meu olhar pelo camarote e vejo a Laura sozinha um pouco mais afastada. Caminho até lá.

- colocou o salto na intenção de fingir ser alta? Se sim, deu errado. — falo vendo ela me olhar com seus olhos azuis.

- cara, sério? Em plena festa você vem me encher o saco? Vai enfiar essa sua língua na boca de uma mulher qualquer por ai. Ou nenhuma te quer pelo fato de que 2 minutos de um papo contigo o interesse já acaba?

- assim você me ofende, princesa. — finjo cara de ofendido.

- princesa o caralho. — vejo seus olhos transbordarem raiva.

Dou um sorriso de canto, gostei de irritar essa menina. - cadê seu namorado em? — pergunto.

- e isso é da sua conta desde quando?

- que grossa você.

- ai obrigada, agora sai de perto de mim. — ela da um sorriso falso.

- não, aqui tá muito bom. — fico de costas e me encosto na grade.

- então saio eu. — ela sai caminhando e eu dou uma observada no corpo dela.  Ela é insuportável, meu Deus.

•••

entre o ódio e a atração. - Richard Rios.Onde histórias criam vida. Descubra agora