Laura.
A festa que o Raphael me arrastou tá um puro tédio. Vou pra um canto mais distante e fico lá observando a pista de dança.
Vejo o Richard caminhar até uma mulher e segurar em sua cintura, começando assim uma conversa com ela. Depois de alguns minutos os dois já estão se beijando. Gente? É assim tão fácil?
Depois de finalizar o beijo vejo ele olhar aqui pra cima pra onde eu tô e piscar pra mim. Credo, deu até vontade de vomitar.
Balanço a cabeça em negação vendo ele dar um sorriso de canto e pego meu celular ignorando o homem me olhando lá em baixo.
Abro o Instagram no celular e quando abro o story da minha amiga vejo uma foto... Ela e o Arthur, eles estão se beijando.
No mesmo momento sinto ódio, muito ódio, mas não consigo controlar uma lágrima que escapa descer dos meus olhos.
Como eles tiveram coragem?
Continuo olhando pra foto desacreditada, quando sinto uma pessoa chegar perto de mim. Olho pra cima e vejo o Richard.
- cara, péssimo momento pra você vir tirar minha paciência. — minha voz sai um pouco falha.
- o que aconteceu? — sinto um pouco de preocupação na voz dele.
- nada. Cadê meu irmão? — pergunto limpando uma lágrima no meu rosto e passando o olhar pelo camarote procurando o Raphael.
- não sei, a última vez que vi ele tava com uma mulher, não sei pra onde eles foram.
Que merda, só quero ir pra casa agora.
- alguém fez alguma coisa contigo aqui? — o Richard pergunta.
- não cara. — falo e escuto meu celular começar a tocar, olho e vejo o nome do Arthur na tela, na hora eu recuso a chamada. Mas é óbvio que ele não ia desistir tão fácil né? O meu celular continua tocando mesmo depois de eu recusar.
E minhas lágrimas ainda descem pelo meu rosto.
- pode me deixar em casa? — peço pro Richard mesmo sabendo que vou me arrepender de pedir um favor pra ele.
Vejo ele me olhar.
- se não quiser não tem problema, eu peço um Uber. — continuo.
- vamos. — ele me coloca na sua frente e põe a mão dele na minha cintura me guiando pra fora da festa. Em outra ocasião eu daria um tapa na mão dele. Mas no momento não consigo pensar em mais nada a não ser chegar em casa e chorar até desidratar.
Chegamos lá fora e ele destrava o carro abrindo a porta pra mim. - entra. — ele diz e eu obedeço.
•••
Passamos a maior parte do caminho calados.
- vai me contar o que aconteceu agora ou nem? — ele pergunta quebrando o silêncio e me fazendo encarar ele.
Reviro os olhos e desbloqueio meu celular indo até a foto que minha "amiga" tinha postado. Mostro pra ele e ele olha um pouco a foto e volta a focar na estrada depois.
- quem são eles? — ele pergunta.
- meu namorado, agora ex, e minha amiga que agora é ex também. — falo e vejo ele arregalar um pouco os olhos.
- caralho, que mancada dos dois. Já tentou conversar com ele depois disso? — na hora que o Richard pergunta sinto meu celular vibrar na minha mão e vejo que é o Arthur de novo.
Vejo o Richard olhar a tela do meu celular de relance e depois olhar pra mim. - atende e me dá o celular. — ele fala e eu olho pra ele com cara de confusa. - atende, Laura. — ele volta a repetir.
Eu atendo e ele estende a mão, eu faço o que ele pediu e entrego o celular pra ele.
- Laura meu amor? — escuto a voz do Arthur no viva voz.
Vejo o Richard franzir as sobrancelhas. - primeiramente, a Laura não é seu amor e segundamente, ela não quer falar com você nunca mais.
- quem é você? — escuto o Arthur perguntar.
- isso não te interessa, só deixa ela em paz. — escuto o Richard aumentar o tom de voz.
- sabia que a Laura já tava me traindo, sabia. — o Arthur fala.
- a índole dela não é a mesma que a sua amigão, esquece ela valeu? — vejo o Richard desligar a chamada e em seguida me entregar o celular.
Pego o celular dele e me encolho no banco do carona indo até o número do Arthur e bloqueando o mesmo.
Não falo nada e nem o Richard até chegarmos em casa.
•••
deixem a estrelinha 🫂
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entre o ódio e a atração. - Richard Rios.
FanficLaura é irmã de Raphael Veiga e mora fora do Brasil, mas com saudades da família ela decide retornar ao país pra passar um tempo. ela só não esperava que ia conhecer o ódio e o amor ao mesmo tempo.