▫️CAPÍTULO 6▫️

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Edward Whitmore

   Já era quase noite, e Edward ainda não havia retornado para casa. E ao mencionar "casa", não se referia à Mansão Whitmore, que continuava a ser consumida pelas chamas, apesar dos esforços incessantes dos brigadistas. Tampouco falava de seu apartamento, que havia sido deixado em abandono há cinco anos, mas não esquecido; Edward pagava semanalmente uma empresa para mantê-lo limpo. Não, ele se referia à casa da família Montgomery.

   Sentado à mesa de um bar sofisticado, com um copo de uísque quase vazio na mão, Edward suspirou profundamente. Em menos de vinte e quatro horas, viu sua casa ser destruída pelo fogo, seus pais sofrerem ferimentos — embora, segundo a carta enviada pela manhã, estivessem em recuperação — e sua irmã ainda permanecesse inconsciente, sem previsão de despertar. Agora, ele via a Mansão Montgomery como um novo lar.

   Era frustrante, refletiu Edward, após esvaziar o copo. Sentia-se impotente, limitado a fazer apenas algumas perguntas a quem considerava que poderia ter as respostas. Depois de um dia inteiro de indagações, a esperança começava a se esvair, e a quantidade de bebida que surgia em seu copo parecia refletir seu crescente desespero.

   Sua última esperança repousava nos dois cavalheiros que acabavam de entrar no bar. Vestidos com casacas azul-escuras adornadas com detalhes dourados, eles se destacavam entre os demais lordes e cavalheiros presentes.

   Ao avistarem Edward, os dois se dirigiram até sua mesa. Edward se levantou para cumprimentar os dois cavalheiros. Eles eram antigos oficiais da Marinha com quem ele havia servido por um curto período antes de tomarem rumos distintos. A amizade deles, embora breve, foi marcada por camaradagem e respeito mútuo.

— Capitão Whitmore. — disse Hugh Lancaster, um homem de expressão séria e cabelos escuros, estendendo a mão com um sorriso cordial. — É um prazer vê-lo.

— Lancaster, Fenwick. — disse Edward, apertando firmemente as mãos dos dois e indicando as cadeiras à sua frente para que se acomodassem. Ele chamou um garçom e pediu uma rodada de bebidas para todos, além de mais um copo de uísque para si. Com todos acomodados e servidos, Edward prosseguiu: — Agradeço por virem. Como estão as coisas no mar? O que tenho perdido enquanto estou ausente?

   Lancaster, recentemente promovido a Tenente comandante, sorriu com um ar satisfeito. Ele era um homem que se orgulhava de estar a par de tudo o que acontecia na Marinha, e por isso Edward o chamara.

— A situação continua desafiadora, Capitão. As atividades da frota francesa têm aumentado. Estamos enfrentando confrontos frequentes, e a necessidade de manter o bloqueio e proteger as rotas comerciais tem sido imensa. Nossa capacidade de resposta está sendo testada constantemente.

   Fenwick, que servia como Contramestre há mais de uma década, complementou a fala de Lancaster.

— De fato, Capitão Whitmore. A Marinha tem ajustado suas estratégias conforme novas ameaças surgem. A colaboração entre a Marinha e o Exército tem sido vital. Recentemente, tivemos que reagir rapidamente a uma série de movimentos franceses, o que exigiu um grande esforço de todos os envolvidos.

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