𝐂𝐨𝐬𝐭𝐮𝐫𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐦𝐢𝐧𝐡𝐚𝐬 𝐟𝐞𝐫𝐢𝐝𝐚𝐬

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❝ 𝗲𝘀𝘁𝗲 𝗰𝗼𝗺 𝗰𝗲𝗿𝘁𝗲𝘇𝗮 𝗲́ 𝗼 𝗰𝗵𝗮́ 𝗺𝗮𝗶𝘀 𝗴𝗼𝘀𝘁𝗼𝘀𝗼 𝗾𝘂𝗲 𝘁𝗼𝗺𝗲𝗶 𝗲𝗺 𝗺𝘂𝗶𝘁𝗼 𝘁𝗲𝗺𝗽𝗼

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❝ 𝗲𝘀𝘁𝗲 𝗰𝗼𝗺 𝗰𝗲𝗿𝘁𝗲𝘇𝗮 𝗲́ 𝗼 𝗰𝗵𝗮́ 𝗺𝗮𝗶𝘀 𝗴𝗼𝘀𝘁𝗼𝘀𝗼 𝗾𝘂𝗲 𝘁𝗼𝗺𝗲𝗶 𝗲𝗺 𝗺𝘂𝗶𝘁𝗼 𝘁𝗲𝗺𝗽𝗼. ❞

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Quando saí finalmente debaixo d'água, minha pele estava completamente avermelhada. Meu cabelo estava lavado, e minhas mãos, doloridas.

A ferida no meu pé havia começado a sangrar enquanto eu ainda me lavava, os pingos grossos sujavam o piso branco.

Manquei com as pernas bambas até a toalha caída no chão e me enrolei.
Elena com certeza irá cuidar dele novamente.

Não querendo ficar mais tempo fazendo esforço, caminho lentamente, segurando a toalha firmemente entre os dedos.

Abro a porta. Me escoro na batente de madeira, olhando para o corredor, tentando avistar Elena em qualquer lugar visível.

Não a vejo, mas escuto barulhos vindos da cozinha. Tento não ficar preocupada com o que a mulher esteja fazendo e vou em direção ao meu quarto. Caminho o mais rápido possível, considerando o estado do meu pé.

Entro apressada, fechando a porta atrás de mim com as chaves. Acendo a luz, deixando a claridade me orientar sobre o que fazer primeiro. O cômodo é pequeno, mas é tudo o que eu tenho.

Me escoro na cômoda e vou em direção ao pequeno guarda-roupa que fica ao lado da cama.

Tento não ficar nervosa enquanto procuro o máximo de roupas que posso vestir. Jogo algumas camisetas no chão, passando os cabides com os vestidos com tanta velocidade que quase não consigo distinguir quais são.

Finalmente acho algo bom. Meu moletom da faculdade. Ele é grande, quase o dobro do meu tamanho. Seu tecido também é quente e grosso.

Continuo me apressando e abro as gavetas onde coloco minhas lingeries simples. Olho para as peças.

De repente, as memórias voltam. Fecho os olhos e tropeço para trás, e é como se um filme estivesse passando diante deles.

Lembro de como foi desconfortável ter minha calcinha rasgada do meu corpo, de como o tecido praticamente roeu os ossos no meu quadril.

Lembro de ver ele sorrindo, parecendo satisfeito quando o tecido finalmente cedeu com sua força. Sinto minha garganta de repente ficar seca, como se eu estivesse engolindo areia.

Meu coração começa a bater mais rápido, como se tentasse fugir do meu peito. O ar parece ficar pesado, difícil de inspirar, e cada respiração vem curta e superficial.

Minhas mãos tremem incontrolavelmente, e sinto um suor frio escorrer pela minha espinha.

As imagens em minha mente se tornam cada vez mais vívidas, cada detalhe mais nítido, e é como se estivesse presa novamente naquele momento terrível.

𝑪𝒐𝒏𝒕𝒓𝒂𝒕𝒐 𝒅𝒆 𝒂𝒎𝒐𝒓Onde histórias criam vida. Descubra agora