𝐌𝐞 𝐜𝐡𝐚𝐦𝐞

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❝ 𝗡𝗮𝗾𝘂𝗲𝗹𝗲 𝗺𝗼𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼, 𝗺𝗲𝘀𝗺𝗼 𝗾𝘂𝗲 𝗽𝗼𝗿 𝗽𝗼𝘂𝗰𝗼 𝘁𝗲𝗺𝗽𝗼, 𝗲𝘂 𝗺𝗲 𝘀𝗲𝗻𝘁𝗶 𝘀𝗲𝗴𝘂𝗿𝗮

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❝ 𝗡𝗮𝗾𝘂𝗲𝗹𝗲 𝗺𝗼𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼, 𝗺𝗲𝘀𝗺𝗼 𝗾𝘂𝗲 𝗽𝗼𝗿 𝗽𝗼𝘂𝗰𝗼 𝘁𝗲𝗺𝗽𝗼, 𝗲𝘂 𝗺𝗲 𝘀𝗲𝗻𝘁𝗶 𝘀𝗲𝗴𝘂𝗿𝗮.❞

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Assim que Elena saiu do quarto, decidi tomar um banho.

Entrei no banheiro, um cômodo simples e funcional, sem grandes luxos, mas aconchegante. As paredes eram revestidas com azulejos brancos que, apesar de antigos, estavam impecavelmente limpos.

O chuveiro era do tipo tradicional, com um boxe de vidro. A pia, de tamanho modesto, estava embutida em um balcão de madeira simples, com uma torneira metálica.

Acima dela, um espelho retangular, sem moldura, ocupava a maior parte da parede. Uma pequena prateleira abaixo dele abrigava itens essenciais como sabonete, uma escova de cabelo e um pote de creme.

Ao lado, havia um armário embutido com portas de madeira, onde Elena havia dito que guardava as toalhas limpas. As toalhas, dobradas perfeitamente.

Suspirei ao olhar para o boxe de vidro e o pé machucado. Apoiei-me na pia para me equilibrar enquanto começava a tirar a roupa, tomando cuidado para não pressionar o ferimento.

Com cuidado, abri o boxe, usando uma das mãos para me segurar na parede ao entrar. O chão do boxe era frio e escorregadio, o que me deixou ainda mais cautelosa.

Liguei o chuveiro, e a água quente começou a cair, criando uma nuvem de vapor ao meu redor. A água descia em cascata sobre minha cabeça, escorrendo pelo meu corpo em uma tentativa inútil de lavar o que estava impregnado em mim.

Comecei a esfregar minha pele, primeiro suavemente, depois com mais força, como se quisesse arrancar cada camada, cada partícula de sujeira. As lágrimas se misturavam com a água do chuveiro, caindo livremente, sem controle.

Esfreguei os braços, o pescoço, as pernas, cada centímetro de pele, mas nada parecia suficiente.

Minhas mãos tremiam mais forte enquanto continuava, a água quente já deixando minha pele avermelhada. Mas eu não conseguia parar.

Precisava me lavar.

Minha respiração estava ofegante, e o desespero começou a crescer, transformando-se em uma sensação sufocante que parecia prender meu peito. Finalmente, minhas mãos caíram ao lado do corpo, sem forças.

Apoiei-me na parede fria do boxe, sentindo o peso da realidade me esmagar.

Quando finalmente terminei o banho, saí do boxe com cuidado, as gotas de água ainda escorrendo pelo meu corpo. O calor da água havia aliviado um pouco a tensão, mas o esforço para me lavar me deixou esgotada.

𝑪𝒐𝒏𝒕𝒓𝒂𝒕𝒐 𝒅𝒆 𝒂𝒎𝒐𝒓Onde histórias criam vida. Descubra agora