𝐌𝐞 𝐟𝐚𝐥𝐞 𝐚 𝐯𝐞𝐫𝐝𝐚𝐝𝐞

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❝𝗘𝘂 𝗳𝘂𝗶 𝗲𝘀𝘁𝘂𝗽𝗿𝗮𝗱𝗮 𝗲 𝗲𝗹𝗮 𝗽𝗼𝗱𝗲𝗿𝗶𝗮 𝘁𝗲𝗿 𝗶𝗺𝗽𝗲𝗱𝗶𝗱𝗼 𝗶𝘀𝘀𝗼!❞

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❝𝗘𝘂 𝗳𝘂𝗶 𝗲𝘀𝘁𝘂𝗽𝗿𝗮𝗱𝗮 𝗲 𝗲𝗹𝗮 𝗽𝗼𝗱𝗲𝗿𝗶𝗮 𝘁𝗲𝗿 𝗶𝗺𝗽𝗲𝗱𝗶𝗱𝗼 𝗶𝘀𝘀𝗼!❞

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Sinto a agulha perfurar minha pele. Mordo o lábio para não gritar, fechando os olhos com força.

— Você tem outro machucado que precisa de cuidado? — Elena pergunta de repente, ainda concentrada no que está fazendo.

O toque de suas mãos é firme, mas gentil

— Talvez — murmuro, encolhendo os dedos do pé, tentando o máximo não puxá-lo.

Elena não desvia o olhar do que está fazendo, mas sua expressão endurece por um momento.

— Em que lugar? — ela pergunta.

— Acho que machuquei a cabeça — respondo, respirando fundo.

Elena para por um momento, levantando a cabeça e olhando diretamente para mim. Ela parece buscar o lugar supostamente machucado.

— Aqui em cima — explico, apontando para o lado direito da minha cabeça, entre a camada de cabelos loiros. — Não parece tão ruim, eu acho que foi apenas um corte superficial — digo, tentando amenizar o estrago que ele me fez.

Porém, quem estou tentando enganar? Eu ou Elena?

Ele me machucou tanto.

Elena volta a prestar atenção no que está fazendo. Consigo sentir a agulha passando pela minha pele, enquanto ela tenta ao máximo fechar os pontos sem muita força ou brutalidade.

— Você quer me dizer o que aconteceu aqui? — Ela pergunta diretamente, sem me encarar.

Sinto meu coração afundar. Puxo instintivamente o pé que Elena está costurando.

Grito de dor ao sentir a agulha puxar junto com a pele e a linha.

— Meu Deus! — Grito, avançando para frente no sofá e agarrando os ombros de Elena.

Ela segura minha panturrilha, fazendo-me parar de me mover.

— Não puxe o pé! — Ela ordena, suas mãos firmes, quase me impossibilitando de mover o pé machucado.

O aperto em minha panturrilha é firme, mas há uma gentileza em seu toque que me faz perceber que ela está tentando me ajudar, não me machucar. As lágrimas brotam em meus olhos devido à dor, e minha respiração fica rápida e superficial.

— Desculpe, eu... — tento dizer, mas minha voz falha.

Elena levanta a cabeça, seus olhos finalmente encontram os meus.

— Eu sei que você não puxou por querer. Mas preciso que você fique parada, está bem? — diz ela, sua voz mais suave agora.

Eu balanço a cabeça, ainda ofegante. Tento me acalmar, focando na respiração. O pânico ainda está presente, mas começo a conseguir controlá-lo.

𝑪𝒐𝒏𝒕𝒓𝒂𝒕𝒐 𝒅𝒆 𝒂𝒎𝒐𝒓Onde histórias criam vida. Descubra agora