𝐌𝐞 𝐝𝐞𝐢𝐱𝐞 𝐭𝐞 𝐜𝐮𝐫𝐚𝐫

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❝ 𝗩𝗼𝗰𝗲̂ 𝗮𝗰𝗵𝗼𝘂 𝗺𝗲𝘀𝗺𝗼 𝗾𝘂𝗲 𝗽𝗼𝗱𝗲𝗿𝗶𝗮 𝗺𝗲 𝗶𝗺𝗽𝗲𝗱𝗶𝗿? ❞

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❝ 𝗩𝗼𝗰𝗲̂ 𝗮𝗰𝗵𝗼𝘂 𝗺𝗲𝘀𝗺𝗼 𝗾𝘂𝗲 𝗽𝗼𝗱𝗲𝗿𝗶𝗮 𝗺𝗲 𝗶𝗺𝗽𝗲𝗱𝗶𝗿? ❞

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— Você tinha chance de me ajudar, e não fez! — grito, observando a expressão de Elena endurecer, sua mandíbula se apertando ligeiramente, porém, ela continua em silêncio.

Posso sentir a tensão no espaço entre nós. Depois de um segundo, Elena finalmente pronuncia.

— Você acha que não tentei? — Sua voz é suave.

— Não sei! Você tinha a chance de impedi-lo de me estuprar e mesmo assim não fez nada — aponto, sentindo tudo dentro de mim desmoronar.

Elena finalmente se permite estourar. Ela levanta a cabeça e olha diretamente para mim, sua expressão serena e dura.

— Você acha que eu sabia o que ele faria? — A pergunta sai firme e direta da voz dela. — Se eu tivesse a menor noção, você acha mesmo que eu deixaria acontecer?

Suas palavras me deixam ainda mais nervosa. Por que ela está tentando se defender?

— Você sabia que ele estava me seguindo, você sabia disso e mesmo assim não me disse — lembro, meus soluços começando a machucar minha garganta.

Elena fecha os olhos por um momento, como se estivesse se preparando para algo doloroso. Depois, os abre novamente, suas íris verdes parecendo pesadas.

Ela tenta se equilibrar no momento em que sua perna fraca cede, porém, se apoia novamente na mesa. Ela morde o lábio com força, tentando manter a calma e não ceder à frustração. Enquanto se estabiliza, ela continua falando, sua voz mais baixa, quase um sussurro.

— Eu não queria que isso acontecesse. Você não faz ideia do quanto eu..... — Seu corpo é percorrido por um leve estremecimento, os olhos fechando rapidamente.

— Você o quê?

Elena engole a saliva, então finalmente abre os olhos de novo. Lágrimas ameaçam surgir nas beiras dos olhos dela, enquanto ela parece estar lutando contra si mesma para continuar falando.

Ela se apoia ainda mais no braço da mesa, parecendo mais instável que antes, como se estivesse fazendo esforço para manter-se de pé.

— Eu não queria ver você machucada... — Ela consegue sussurrar, embora sua voz estivesse falhando.

— Não queria me ver machucada? Então por que não fez nada? Eu fui estuprada! — continuo gritando.

Elena engole em seco com força, suas mãos apertando ainda mais a beirada da mesa até os nós dos dedos se tornarem brancos. Ela levanta novamente a cabeça, e me encara.

𝑪𝒐𝒏𝒕𝒓𝒂𝒕𝒐 𝒅𝒆 𝒂𝒎𝒐𝒓Onde histórias criam vida. Descubra agora