𝐏𝐫𝐢𝐦𝐞𝐢𝐫𝐚 𝐯𝐞𝐳.

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❝ 𝗩𝗼𝗰𝗲̂ 𝗻𝗮̃𝗼 𝗽𝗿𝗲𝗰𝗶𝘀𝗮 𝘁𝗲𝗿 𝗺𝗲𝗱𝗼 𝗱𝗲 𝗺𝗶𝗺 ❞

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❝ 𝗩𝗼𝗰𝗲̂ 𝗻𝗮̃𝗼 𝗽𝗿𝗲𝗰𝗶𝘀𝗮 𝘁𝗲𝗿 𝗺𝗲𝗱𝗼 𝗱𝗲 𝗺𝗶𝗺 ❞

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Antes que eu pudesse falar qualquer coisa, senti Elena se aproximar ainda mais, sua respiração tocando minha pele.

— Eu vou cuidar de você.

Seus olhos não desviavam dos meus, como se ela quisesse que eu entendesse, de verdade, o que suas palavras significavam. Antes que eu pudesse formular uma resposta, ela se abaixou de repente e virou-se de costas para mim.

— O que você está fazendo? — perguntei, confusa.

— Suba — ela ordenou, sem olhar para trás. — Eu vou te carregar.

— Não! — protestei, tentando recuar, mas meu pé dolorido protestou junto, me obrigando a parar. — Eu não preciso que você me carregue!

Elena deu uma risada curta.

— Precisa, sim. Você não consegue caminhar direito, e eu não vou deixar você continuar forçando seu pé para machucá-lo ainda mais.

Antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, senti suas mãos firmes segurando minhas coxas, erguendo-me do chão. Minhas mãos instintivamente se agarraram aos seus ombros. Eu podia sentir o calor de seu corpo através da roupa, a força dela ao me puxar para cima com facilidade.

— Elena, me coloque no chão! — exclamei, mais irritada do que assustada.

— Não vou — ela respondeu. — E não tente resistir, porque você não vai me convencer.

Eu suspirei, frustrada. Segurei ela com mais força, relutante, enquanto Elena ajustava minhas pernas ao redor de sua cintura. Ela apertou sua pegada embaixo dos meus joelhos.

— Elena, as muletas... — comecei, olhando para as muletas que deixei cair.

Ela riu de novo, e eu senti a vibração contra meu peito.

— A gente pega quando voltar. — Elena começou a andar, como se o peso do meu corpo não fosse nada.

Minha cabeça caiu naturalmente entre o ombro e o pescoço dela, e eu podia sentir seu cheiro, algo entre lavanda e algo mais amadeirado. Fechei os olhos por um momento.

Minhas mãos estavam agarradas ao tecido do vestido dela.

— Você não precisa fazer isso — sussurrei, minha voz soando fraca, quase engolida pelo som de nossos passos no chão.

— Já disse — ela respondeu, sem hesitação. — Eu quero.

Eu suspirei.

— Obrigada — sussurrei, bem perto do ouvido dela, quase sem querer.

𝑪𝒐𝒏𝒕𝒓𝒂𝒕𝒐 𝒅𝒆 𝒂𝒎𝒐𝒓Onde histórias criam vida. Descubra agora