A menina não sabia por quanto tempo correu, mas sua respiração já estava ofegante e suas pernas doloridas quando chegou no cais da cidade. Haviam muitas pessoas por ali, mas o gato os ignorou e caminhou até um prédio, Dália reparou que o local parecia muito com um armazém, quando ela voltou a fitar o gato, percebeu que ele tinha sumido.
- Ei, o que você está fazendo aqui? - Perguntou um goblin ao vê-la.
Ela ficou impressionada, era a primeira vez que ouvia um goblin falar.
- Hã, eu, eu quero saber uma coisa. - Gaguejou, surpresa também com o tamanho dele, que ao contrário dos que ela conhecia e tinha batalhado, esse era maior, chegando a ter 1,40 m de altura.
- Que coisa?
- Quem, quem é o chefe desse lugar? - Apontou para o prédio, ela se amaldiçoou por não conseguir falar direito com a criatura.
- É o senhor Murphy.
- Sabe onde ele está?
- Está bem ali. - Apontou para um aglomerado de goblins numa cafeteria, Dália estremeceu um pouco.
- Certo, obrigada.
Reunindo coragem, a garota foi em direção ao grupo, o goblin que falou com ela a seguiu e ao chegarem perto do grupo ele disse:
- Dêem espaço, essa menina quer falar com o chefe!
Todos os goblins saíram do caminho, deixando ver o chefe deles, um goblin de terno e cartola com olhos astutos e sorriso controlado.
- Sente-se, minha jovem. - Ofereceu com uma voz calma.
- Com licença. - Disse sentando na cadeira de frente para ele.
- O que deseja falar comigo?
- Quero falar sobre o gato da Sra. Cadme.
- Por que acha que ele pertence a ela?
- É o que todos disseram. - Respondeu franzindo as sobrancelhas em confusão.
- Mais uma que segue as massas.
Dália continuou confusa, mas decidiu prosseguir com suas perguntas.
- O senhor sabe onde ele está?
- Talvez sim, talvez não, mas diga-me, o que você quer com ele?
- Quero encontrá-lo, garantir que esteja bem e levá-lo para casa.
- E você sabe onde é a casa dele?
- Hã, sei.
- Tem certeza? - Perguntou com um pequeno sorriso.
Dália não estava entendendo, onde ele queria chegar com tudo isso? O gato não era dali? Não pertencia a senhora Cadme? Enquanto se afundava em questionamentos, um gato cinza listrado pulou no colo do senhor Murphy.
- É o N° 2! - Exclamou surpresa. - Você estava com ele esse tempo todo?
- Não sei do que está falando, mas este gato aparece por aqui às vezes, ele vai e vem quando quer, porque é livre.
- Então, ele não quer ficar com a Sra. Cadme? - Ao ouvir o nome da mulher, o gato deu um pequeno rosnado.
- O que você acha? - Devolveu Murphy.
- Eu acho que ele quer ficar com você. - Olhou para o gato que ronronava alegremente com os carinhos que o goblin fazia. - Será que os outros também não querem ficar com ela? - Perguntou mais para si mesma.
- É uma possibilidade.
- Certo, gatinho, eu não vou mais procurar você. - Informou ao felino.
- E o que vai fazer agora? - Perguntou Murphy.
- Não tenho certeza, mas ele não vai precisar se preocupar com mais nada. - Indicou o N° 2 com a cabeça. Murphy sorriu alegremente com isso. - Seja livre, gatinho. - Rasgou o cartaz. Estava prestes a se levantar quando lembrou de perguntar: - Pode me dizer onde posso pegar o bondinho?
- Greg! - Chamou e o primeiro goblin com quem Dália falou apareceu.
- Senhor!
- Leve a garota até o ponto do bondinho.
- Sim, senhor!
- Obrigada. - Agradeceu. Murphy acenou com a cabeça em reconhecimento.
Greg levou Dália até o ponto, o caminho foi feito em silêncio só quando chegaram no local que Greg falou, ele apenas disse quanto tempo ela esperaria, a menina agradeceu e viu ele ir embora. Quase vinte minutos depois, o bondinho apareceu e o motorista continuava o mesmo.
- Você de novo. - Ele comentou um pouco desanimado.
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As Aventuras de Dália
AdventureDurante uma tarefa entediante, Dália acaba caindo no sono, mas diferente de quando dorme, uma sensação de flutuar tomou conta do corpo dela. Acordando num outro mundo, a menina enfrenta desafios numa torre misteriosa e ganha um anel mágico. Usando o...