𝑬𝑵𝑻𝑹𝑬 𝑵𝑶̄𝑺.

𝑪𝑨𝑷𝑰𝑻𝑼𝑳𝑶 10: 𝑨 𝑯𝑼𝑴𝑰𝑳𝑯𝑨𝑪̧𝑨̃𝑶.

**Capítulo 10:**

Os dias seguintes foram carregados de tensão e angústia para Emma e Logan. Annie estava furiosa e em silêncio, processando as revelações que receberam sobre o relacionamento deles. Sua ausência e o desdém eram palpáveis, e Emma se sentia cada vez mais isolada.

No meio dessa turbulência, Suzane, uma colega que sempre teve um péssimo relacionamento com Anne, aproveitou a situação para lançar mais lenha na fogueira. Ela abordou Anne com um sorriso cínico.

— Você vai realmente acreditar neles? — Suzane perguntou, sua voz carregada de malícia. — Eles estão mentindo para você. Logan só se aproximou de você como seu melhor amigo para ficar com sua irmã. Eu sou sua melhor amiga. Você deve acreditar em mim.

Anne, ainda processando as informações, não pensou duas vezes e decidiu acreditar em Suzane. A influência dela foi decisiva. Com raiva e desilusão, Anne confrontou Emma.

— Não quero mais falar com você, Emma. Você vai se arrepender disso. Nunca entrará na Harvard. Eles não vão querer uma mentirosa como você.

Emma ficou devastada com as palavras de Anne. Com lágrimas nos olhos, saiu correndo e se escondeu em um corredor da escola. Logan, que havia percebido o comportamento de Anne e estava preocupado, a encontrou ali.

— Emma, você está bem? — Logan perguntou, abraçando-a apertado. — Eu estou aqui. A carta de recomendação ainda está de pé. Vou pedir ao meu pai para ajudar.

Emma, lutando para controlar o choro, balançou a cabeça. — Se você não quiser fazer isso, não precisa. Foi a carta que fez tudo isso acontecer.

Logan a olhou com sinceridade. — Eu quero que você entre na Harvard porque é seu sonho. Não vou deixar que isso te impeça.

Emma sorriu através das lágrimas. — Eu te amo, Logan.

Os dias se passaram, e a situação na escola só piorou. Anne, consumida pela raiva e pela influência de Suzane, começou a humilhar Emma publicamente. Ela a chamava de mentirosa, de péssima irmã, e dizia que Emma nunca realizaria seus sonhos. As palavras cruéis de Anne ressoavam pelos corredores da escola, e Emma se sentia cada vez mais isolada e desamparada.

Um dia, enquanto Emma estava no refeitório, Suzane aproveitou para jogar um balde de água fria nela, na frente de toda a escola. O frio intenso e a humilhação pública fizeram com que Emma se encolhesse, mas antes que pudesse reagir, Logan apareceu, furioso.

— Annie, você é uma tonta por acreditar na Suzane! — Logan gritou, seus olhos brilhando com indignação. — Ela sempre foi uma mentirosa. Por que você acreditaria nela agora? Isso tudo é uma mentira para separar nós três. Não é justo você me humilhar e à Emma desse jeito.

Anne, surpresa com a atitude de Logan, levantou a mão e deu um tapa em seu rosto. — Fique longe de mim, Logan. Se você quer ficar com a Emma, não me importa. Mas não quero mais falar com você ou com ela.

Logan, ainda abalado, tentou continuar. — Eu vou garantir que Emma entre na Harvard, porque é o sonho dela. E não vou deixar que ninguém te impeça disso.

Com a situação fora de controle, Emma, magoada e confusa, sentiu a humilhação atingir um ponto insuportável. Os olhares de todos os colegas pareciam atravessá-la, e o peso da rejeição e da dor a deixou sem forças.

Enquanto a água fria escorria de seu corpo, Emma olhou para Logan, buscando apoio. A determinação dele deu-lhe um fio de esperança em meio à adversidade. Ela sabia que a luta estava apenas começando, mas com Logan ao seu lado, estava disposta a enfrentar qualquer desafio.