𝐌𝐎𝐍𝐒𝐓𝐄𝐑𝐒, cha hyun-su

𝟎𝟎𝟔

CAPÍTULO SEIS
P R I M E I R O  A T O

vínculo imprevisível

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C

HO HYO-JIN SENTIU a morte se aproximando nos últimos dias e sabia que alguém ia morrer, mas não esperava que houvessem mais de uma morte. Suas visões se tornaram mais fortes com os passar dos dias e isso a preocupava porque não era para acontecer diariamente.

Suas visões não são diárias, normalmente sempre uma vez no mês ou até mesmo semanas, nunca em dias seguidos e isso a fazia pensar e planejar.

Ser uma Neo-humana era bom em alguns momentos mas tinha aqueles que ela desejava simplesmente ser humana.

Ela percebeu que Hyun-su estava preocupado com ela, suas visões estavam o preocupando e isso a fez ficar dormindo no mesmo quarto que ele, não por opção dela já que suas visões na maioria das vezes a fazia acorda e quebrar alguns objetos em sua volta, por isso eles acharam melhor ela ficar com ele para evitar que os moradores a visem destruindo as coisas com a mente.

Hyun-su ouvia a respiração de Hyo-jin regular, indicando que ela finalmente estava dormindo. Ele saiu do quarto que ambos compartilham e deu de cara com a jovem arqueira, como Hyo-jin a apelidou.

Park Yu-ri não era burra, ela sabia que tinha algo de errado com Cho Hyo-jin no momento que ela chegou naquele condomínio, ela se lembrava no momento que viu Cho Hyo-jin pela primeira vez e o que a fez ficar intrigada com a garota.

Yu-ri tinha acabado de chegar no condomínio com as mãos cheias de sacolas de compras, ela caminhava com dificuldade por causa do peso e entrou no elevador, quando as portas se abriram e ela saiu, sentiu falta de ar aparecendo, ela foi pegar a sua bombinha quando Lee Eun-yoo esbarrou em si, fazendo a bombinha cair no chão há alguns metros de si.

— Lee Eun-yoo, poderia pegar minha bombinha? Por favor? - Pediu com dificuldade por causa da falta de ar.

A Lee olhou para a garota um pouco mais velha que si e revirou os olhos, indo passar por cima da bombinha, a pisando e falando.

— Garota inútil, sem isso você morre, que idiota. - Falou com um sorriso de lado e saindo, ignorando a garota agora no chão, vendo que todo seu dinheiro que tinha juntado para comprar aquela bombinha tinha sido jogado fora por Lee Eun-yoo. Sua garganta tava fechando e ela tava perdendo a consciência, fazendo sua visão ficar embaçada. Yu-ri ouviu barulho de passos cada vez mais se aproximando de si.

Segundos depois uma mão tocou em seu braço, ela não conseguia enxergar quem era com clareza, mas por alguma razão ela conseguiu puxar o ar para seus pulmões, a fazendo respirar. Ela sentiu a pessoa colocar uma bombinha em sua mão e sair, como seu trabalho estivesse feito.

Yu-ri não sabia quem era até o momento que conseguiu sentir o cheiro do perfume que a pessoa que a salvou usava, o cheiro adocicado que lentamente foi se apagando conforme a pessoa foi se afastando, mas então os passos pararam e ela ouviu:

— Ainda não é a sua hora, não irá morrer se depender de mim. Cuide de você e evite ficar sem uma bombinha extra. - Então os passos voltaram e ficaram cada vez mais distantes.

Cho Hyo-jin se afastou da humana e foi andando até as escadas, onde a levaria até o terraço, onde ela encontraria Lee Eun-yoo. Mas ela parou ao pensar melhor, aquela garota era só uma humana irresponsável e não poderia matar ela porque não queria chamar atenção. Então ela mudou de direção e foi até a porta da casa de Lee Eun-yoo.

Ela bateu na porta três vezes e então esperou, ela ouviu passos e então Lee
Eun-hyuk abriu a porta, com uma expressão não muito desagradável, provavelmente estudando para alguma prova.

— Controle sua irmã antes que eu mesma o faça, ensine a ela também ter educação. - Foi direto ao ponto. Lee Eun-hyuk bufou em aborrecimento, ele não conseguia controlar Eun-yoo e isso estava o estressando cada vez mais.

Sem dizer mais nada ela saiu dali, indo para seu apartamento tentar manter a calma e afastar a imagem de Yu-ri morta em sua visão.

— Ela está dormindo? - Perguntou há Hyun-su, que acenou. Yu-ri então estendeu a sacola com macarrão  instantâneo — É para vocês, vocês não comeram nada desde ontem e ela provavelmente vai acorda com fome. Só tinha macarrão instantâneo então eu trouxe dois. - Fala entregando a sacola para Hyun-su e dando um passo para sair, mas parou e se virou, com uma expressão seria no rosto — Os moradores estão começando a desconfiar da Hyo-jin. Cuide dela e não deixe eles se aproximarem dela de modo algum, eles querem fazer testes com todos para ver quem é monstro e quem não é.

Então ela se afastou, deixando Hyun-su parado, pensando em como livrar sua amada daquele teste. Sua mente ficou tanto tempo pensando que então algo dentro de si sentiu algo se aproximando.

E então houve uma explosão na porta do condomínio. Toda a rede elétrica explodiu, os deixando sem energia e com um barulho de um motor de aproximando.

A porta de seu "quarto" foi aberta e Cho Hyo-jin saiu de lá, com uma expressão que Hyun-su nunca viu em seu rosto.

— Eles chegaram, se prepare. - Fala olhando para ele. Hyun-su franzi as sobrancelhas e pergunta.

— Eles quem? - Hyo-jin se encosta na parede e com uma expressão de raiva fala.

— Pessoas que estão atrás de gente como nós. Estão atrás de Neo-humanos.

Continua...