Somebody

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— É claro que sim! Eles só vêem você com Nitta, nunca comigo. Nós nunca fazemos nada juntas.

Kath ficou espantada ao ver como estava próxima das lágrimas.

Vinha tentando com todo afinco não se incomodar quando Lin saía com Nitta todos os dias. Percebera até a impaciência crescente de Nitta com Bryn. A qualquer momento, Nitta perceberia que saíra perdendo com a troca. E com Lin tão disponível e ansiosa para voltar para ela, Nitta logo diria alguma coisa a ela e então, o que aconteceria com Kath?

Teria de fingir que ficara feliz por Lin, mas não sabia se aguentaria.

Kath passava o dia com uma multidão e de noite ficava ostensivamente perto dela, desejando conseguir tocá-la. Apesar de nunca estar sozinha, Kath nunca se sentira tão solitária.

Lin era sempre educada, mas deixava claro o que sentia. E uma vez que ela a tocara por acidente, ela se contraíra e estremecera.

— Desculpe-me.

Murmurara ela, incrivelmente constrangida, e voltara para o seu lado da cama.

— O curso de mergulho termina amanhã. Talvez possamos fazer algo juntas na sexta?

Alguns dos outros participantes haviam alugado jipes e descoberto pequenas praias com excelentes restaurantes de frutos do mar.

— Tudo bem.

Respondeu, tentando não parecer ansiosa demais, mas incapaz de disfarçar a vontade de passar algum tempo a sós com Lin.

— Nitta disse que vai haver um passeio de barco para uma ilha desabitada amanhã. Vai dar para mergulhar com snorkel.

Kath sentiu uma onda de decepção invadi-la

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Kath sentiu uma onda de decepção invadi-la. Parecia que ela não conseguia sequer imaginar um dia longe de Nitta. Kath ficou furiosa consigo mesma por aquele momento de euforia, mas se se recusasse a ir, ficaria parecendo uma menina mimada.

— Está bem.




(...)



Apesar da decepção, Kath acordou animada na sexta-feira.

Lin tomou café da manhã com ela e não havia sinal de Nitta. Talvez ela tivesse mudado de ideia, pensou Kath, esperançosa. Enquanto isso, o dia se estendia diante delas. Um dia inteiro com Lin. Talvez não ficassem sozinhas, mas pelo menos estaria lá.

E para o que ela estava sentindo naquele momento, seria suficiente.

O dia amanhecera fantástico.

O céu estava azul e sem nuvens, o mar, calmo e limpo e o sol da manhã brilhava por trás dos coqueiros, lançando sombras longas na areia branca. Parecia o paraíso, pensou.

Era impossível sentir-se deprimida em um lugar como aquele, em um dia como aquele. Ao diabo com Nitta, pensou ela. Aproveitaria aquele dia,
independentemente da presença dela. Infelizmente, Nitta apareceu.

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