Lin e Kath são amigas há muitos anos, mas de repente Kath começa a enxergar Lin de uma forma muito diferente.
Por mais louco que seja, ela está se apaixonando!
E como se já não fosse confuso o bastante, para piorar Lin acaba de pedir a ela que finj...
— Bem. — Eu não sabia se você viria sozinha ou não. Onde está Nitta? — Nitta? Não faço a menor ideia.
As garras de aço que vinham apertando o coração de Kath desde que deixara o aeroporto pareceram relaxar um pouco.
— Então, vocês não... — Não o quê? — Não estão juntas de novo? — Não. — Eu sinto muito.
Kath temeu tê-la magoado.
— Por quê? — Ora, é natural que eu sinta e você está infeliz. — Eu não estou infeliz.
Disparou Lin, bebendo um gole de vinho.
— Não por Nitta.
Ela estava se comportando tão estranhamente que Kath não sabia bem como reagir.
— Bem, se não é por Nitta, por que você está triste?
Lin hesitou.
— Pode me dizer. É para isso que servem os amigas, não? — É esse o problema... Eu acho que não posso mais ser sua amiga.
Ela disse aquilo com tanta seriedade que por um momento, Kath apenas olhou-a, sem querer acreditar no que havia escutado.
Ela não podia estar falando sério.
— Não há como deixar de ser amiga, Lin.
Ela falou com voz trêmula.
— Mas eu acho que seria mais fácil se não nos víssemos mais. — Mas... por quê? — Porque ser só sua amigo não é mais suficiente para mim.
Ele baixou a cabeça e escondeu-a entre as mãos.
— Eu sinto, Bella, mas não posso. A última coisa que quero é machucá-la, mas eu não aguento mais. Nós nunca devíamos ter dormido juntas. Aquilo estragou tudo.
Prosseguiu, sem olhar a reação dela.
— E eu sabia. Eu sabia que não conseguiríamos voltar ao que éramos antes. Eu, pelo menos, não consigo. Sei que vou sentir muito a sua falta, mas estou apaixonada demais para ser sua amiga.
As palavras saíram num turbilhão. Kath nunca vira a sensata Lin soar tão incoerente e precisou de alguns momentos para perceber o que ela havia dito.
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Quando percebeu, engoliu em seco.
— Lin...
Mas sua voz não passava de um sussurro e ela continuou falando.
Agora que havia começado, parecia incapaz de parar.
— Eu não sabia o que fazer.
Disse Lin em desespero.
— Eu estava louca para vê-la mas sabia que ia querer beijá-la e isso não é bom. Sei que você quer continuar minha amiga, mas eu não consigo. — Lin... — Desculpe-me. Não quero deixá-la constrangida.