Epilogue

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— Bem.
— Eu não sabia se você viria sozinha ou não. Onde está Nitta?
— Nitta? Não faço a menor ideia.

As garras de aço que vinham apertando o coração de Kath desde que deixara o aeroporto pareceram relaxar um pouco.

— Então, vocês não...
— Não o quê?
— Não estão juntas de novo?
— Não.
— Eu sinto muito.

Kath temeu tê-la magoado.

— Por quê?
— Ora, é natural que eu sinta e você está infeliz.
— Eu não estou infeliz.

Disparou Lin, bebendo um gole de vinho.

— Não por Nitta.

Ela estava se comportando tão estranhamente que Kath não sabia bem como reagir.

— Bem, se não é por Nitta, por que você está triste?

Lin hesitou.

— Pode me dizer. É para isso que servem os amigas, não?
— É esse o problema... Eu acho que não posso mais ser sua amiga.

Ela disse aquilo com tanta seriedade que por um momento, Kath apenas olhou-a, sem querer acreditar no que havia escutado.

Ela não podia estar falando sério.

— Não há como deixar de ser amiga, Lin.

Ela falou com voz trêmula.

— Mas eu acho que seria mais fácil se não nos víssemos mais.
— Mas... por quê?
— Porque ser só sua amigo não é mais suficiente para mim.

Ele baixou a cabeça e escondeu-a entre as mãos.

— Eu sinto, Bella, mas não posso. A última coisa que quero é machucá-la, mas eu não aguento mais. Nós nunca devíamos ter dormido juntas. Aquilo estragou tudo.

Prosseguiu, sem olhar a reação dela.

— E eu sabia. Eu sabia que não conseguiríamos voltar ao que éramos antes. Eu, pelo menos, não consigo. Sei que vou sentir muito a sua falta, mas estou apaixonada demais para ser sua amiga.

As palavras saíram num turbilhão. Kath nunca vira a sensata Lin soar tão incoerente e precisou de alguns momentos para perceber o que ela havia dito.

Quando percebeu, engoliu em seco

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Quando percebeu, engoliu em seco.

— Lin...

Mas sua voz não passava de um sussurro e ela continuou falando.

Agora que havia começado, parecia incapaz de parar.

— Eu não sabia o que fazer.

Disse Lin em desespero.

— Eu estava louca para vê-la mas sabia que ia querer beijá-la e isso não é bom. Sei que você quer continuar minha amiga, mas eu não consigo.
— Lin...
— Desculpe-me. Não quero deixá-la constrangida.

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