epílogo.

294 16 0
                                    

Ashtray:

Eu estava feliz com a minha noiva, Katherina. Uma filhinha recém nascida e um emprego honesto. Eu não faço nada ilegal tem uns quatro anos. Não faço mais pela Katherina, ela odiava a minha vida no crime, e sempre me pedia para parar.

- tenho certeza que ele é um pai babão. - Candice diz brincando com a Anne.

- sim, ele tem toda essa marra, mas com a Anne... - Katherina riu.

- ata - solto num som de ironia.

- vocês ainda não casaram? - candice perguntou.

Eu e a Katherina estávamos organizando tudo, na verdade ela, isso me dá muita dor de cabeça. Mas eu ajudo no que posso, pra não deixa-la sobrecarregada.

- vocês passaram por tanta coisa.. - rue diz. Depois de um tempo, ela voltou a ficar melhor, ela e a Candice estão tentando de novo. - fico feliz que estejam feliz.

Enfim, tava tudo muito bom, minha vida estava perfeita, eu tinha uma casa própria e uma filhinha linda. E uma noiva perfeita.

[...]

- espero que ela durma a noite toda hoje. - ela suspirou e deitou no meu peito pra dormir.

- você está indo bem, você me disse que estava preocupada em ser mãe, que estava com medo de não conseguir ser uma boa mãe e acabar sendo igual a sua mãe... Mas você está sendo maravilhosa. - beijo sua testa.

- você lê a minha mente. - ela sorri.

Acariciei sua bochecha e dormi.

[...]

O dia do casamento... O dia mais esperado, Katherina estava a milhão.

- eu vou me arrumar, você não vai poder me ver! - ela diz nervosa. - a Anne vai ficar com a Candice.

- respira. - tentei acalma-la. - vai dar tudo certo, você vai entrar por aquela porta, linda, maravilhosa. E vamos fazer os votos. Vai ser o melhor dia, agora se acalme.

Ela sorriu e me abraçou.

- você ainda está aqui?! - Candice apareceu com um caderno anotando tudo, ela é louca por organização. - você tem que se trocar! - diz empurrando ela. - você! - diz pra mim. - para de enrolar ela porra.

Ergui a mão como sinal de rendimento.

Katherina:

Eu estava tão nervosa, estava com o buquê e a rue ao meu lado, como eu não tinha uma figura materna optei por deixar a minha melhor amiga me acompanhar.

- tá nervosa? - ela perguntou sorrindo.

- sim!

- vai dar tudo certo. - ela acariciou minha mão.

O som começou a tocar, e já era o sinal para ir ao altar. A porta abriu e eu não consegui olhar pra ninguém, apenas para ele. O ashtray estava chorando ao me ver andando até ele.

Sorri chorando porque eu estava muito nervosa.

- estão prontos? - o padre perguntou.

[...]

- desde os dias que você começou a frequentar o meu quarto, eu acho que me apaixonei - rimos. - você mais que ninguém fazia mais coração acelerar. Foi no dia que eu percebi que estava apaixonada, quando você foi para Atlanta comigo. Naquele dia, eu tive certeza que você faria qualquer coisa pra me ver feliz, e é esse homem que eu quero passar todos os dias, que seja pai dos meus filhos. - eu chorava.

Ele sorriu com algumas lágrimas.

- kath, eu nunca entendia o porque nos piores momentos da minha vida, eu pensava em você, quando a minha própria mente me sabotava, pensar em você ajudava. Eu sei que posso te fazer muito mais feliz e quero passar todos os meus aniversários contigo, garota, porque eu te amo. - ele diz.

- você, Katherina Mackay, aceita ashtray como seu esposo? - o padre perguntou.

- sim. - eu estava tão feliz.

- você, ashtray, aceita Katherina como sua esposa?
E
- sim! - ele não esperou e me pegou pela cintura, me erguendo e me beijando. 

Esse foi o dia mais feliz da minha vida, lógico, tem o dia que eu dei a luz a uma garotinha maravilhosa, Anne.

Minha família é perfeita, mesmo depois de várias merdas acontecendo, sempre demos um jeito de voltar um pro outro. Ele sempre me achou e sempre vai me achar.

Minhas irmãs estavam estudando e aproveitando a vida, saudades delas.

perdição - ashtrayOnde histórias criam vida. Descubra agora