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Katherina estava no banheiro da escola tremendo...

"Oque diabos pode ser? Ou quem..." Pensava ela. Tinha tantas possibilidades, mas a que mais assustava ela era, que poderia ser seu pai ou sua mãe.

- eu acho que é ela...
Katherina sugeriu falando no telefone com Guilherme. Que estava preocupado com a amiga.

- se for ela...ou um deles, vamos ter que fugir da cidade
Guilherme parecia frustado

- nos? Isso está fora de cogitação, eu não quero que você faça se arrisquei por mim. O ashtray já se arriscou o suficiente, e olha onde ele tá, só deus sabe.
Tocar no nome "ashtray" talvez trazesse tal gatilho a ela.

- voce não sabe nem o motivo dele ter sumido. E eu não vou deixar você, em hipótese alguma.
Ele diz confiante.

- você sabe? Guilherme, se você sabe de alguma coisa você tem que me falar agora.
Ela derrepente ficou agitada. E curiosa.

- esquece oque eu disse, não vale apena. Você precisa ficar segura, e suas irmãs também.
Guilherme desliga a chamada a deixando curiosa e nervosa.

Katherina sai da cabine do banheiro onde estava, e da de cara com rue.

- descobri o por que o ashtray fugiu sem dar explicação.
Rue parecia espantada
- dilan abriu o bico. Lógico, ameacei ele e ele disse tudo. Ashtray foi ameaçado pelo seu pai, ele teve que sair da cidade. Se ele não saísse, o seu pai ia matar você.

Katherina parecia desacreditada.

- oh, merda.
Katherina estava sem reação.

- Dilan soltou tudo de uma só vez! Ele disse por telefone, ele parecia tenso...
O que rue não sabia era que Dilan avia sido ameaçado a uma hora atrás pelo pai da garota.

Katherina não queria meter mais ninguém em perigo.

- eu tenho que achar ele, meu pai.
Ela parecia nervosa, com medo - isso não pode continuar, quem será o próximo? Guilherme? Você?

Ela estava muito assustada.

- acho que você está certa, sua vida está se arrumando agora, voltou pra escola, esta fazendo amigos...sua vida não pode virar de cabeça pra baixo de novo.
Rue queria ver a amiga bem.

[...]

Katherina

Avia um momento em que eu pensei em Ash, na carta...eu pensei na possibilidade de ele estar tentando voltar pra mim. Ideia ridícula, com eu pensei nisso.

Eu avia saído da escola. O sinal da escola avia batido, sinalizando que a hora escolar avia acabado. Eu estava com medo, medo de meu pai vir atrás das minhas irmãs novamente, atrás do Guilherme ou da rue.

Eu estava no carro do Guilherme, estávamos em um silêncio mortal.

- eu já estou arrumando tudo...vamo ir embora daqui uns dias..

- não, guilherme. Olha, temos que ficar, não quero fugir de novo. A história vai se repetir...
Digo lembrando de quando fugi com Ash

- eu não sou ele, eu não vou fugir e largar tudo. Principalmente você.
Ele dizia segurando fortemente no volante.

- vamos ficar. Acho que não é nada de mais, deve ser algum colega da escola fazendo piada.
Bufei.

Não quero fugir, sumir, ficar longe das minhas irmãs.

- se é assim que você quer... Mas eu não vou tirar os olhos de você, não vou dar brecha. Eu não vou perder você
Ele estava com sua feição preocupado de sempre.

Guilherme deixou tão claro quando o sol. Que sou importante, sou a prioridade dele e que ele não vai deixar ninguém me fazer mal. Isso é fofo, mas não acredito mais nessas palavras, talvez na dele, somente na dele..

Olhei reto para a estrada, estávamos indo para casa dele que ficava um pouco afastada da cidade. Se sabe, por motivos óbvies.

- você é burra pra karalho, mas eu gosto de você
Ele diz dando uma batidinha no meu ombro.

Estávamos entrando na casa. Tinha um papel atrás da porta.

- o papel...
Sussurei e me agaixei

Ele estava dentro de um envelope vermelho. Isso tá me irritando, não tenho paz.

"Eu não gosto da sua aproximidade com o Guilherme. Se afaste dele.

Sinto sua falta todos os dias, não me culpe por ter ido embora. Não foi e nunca será a minha opção. Eu te amo, princesa..."

Essas palavras...

- princesa...
Releio a parte.

Derrepente um dejavu veio em mente.

- ele me chamava de princesa...
Meus olhos se encontram molhados d'água.

- ashtray? Temos que conversar sobre ele..

- eu já sei, ele foi embora por culpa minha, tudo por minha culpa.
Eu comecei a chorar.

Me encontrei no chão, chorando e com o coração acelerado. Um nó na garganta e falta de ar. Guilherme estava me abraçando e me reconfortantando.

Amanhã era o meu aniversário. Eu não queria passar ele com essa dor...

[...]

Ninguém deveria sentir essa dor...


perdição - ashtrayOnde histórias criam vida. Descubra agora