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   DESPERTEI COM OS RAIOS SOLARES vindo diretamente no meu rosto e praguejei por não ter fechado a cortina na noite passada

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   DESPERTEI COM OS RAIOS SOLARES vindo diretamente no meu rosto e praguejei por não ter fechado a cortina na noite passada. Permaneci com os olhos fechados para acostumar com a claridade e ao abri-los quase voltei a dormir. Eternamente dessa vez.

—— Vocês querem me matar? Que susto! —— coloquei a mão no peito, sentindo meu coração acelerado.

—— Foi a minha mãe que quis te assustar. —— Caio diz, pulando na minha cama.

—— Que assustar, menino. A gente entrou e ela acordou. — Helena sorriu, puxando o filho pela perna — Tem ligação pra você, Bia. — ergueu o meu celular.

—— Pra mim? —— indago, pegando o aparelho.

—— Eu que vi. —— o menino diz orgulhoso —— Vou ganhar sorvete mais tarde? —— sussurrou e eu baguncei de leve os cabelos dele.

—— Eu ouvi, viu. Vem que a tia Bia vai resolver coisa de trabalho. —— o pegou no colo e saiu do quarto.

Antes que eu pudesse retornar a ligação, a pessoa ligou novamente. Ao olhar para a tela, estranhei o nome ali estampado e atendi no mesmo instante.

—— Oi, pai. Eu deveria perguntar se você 'tá bem, mas 'tô bem curiosa pra descobrir o motivo da sua ligação. — levantei.

—— Oi, filha. Entendo o seu lado, eu também estaria confuso se fosse você. —— responde —— O assunto que eu tenho é bem interessante.

—— Pode falar, sou toda ouvidos. —— falo, prendendo o celular entre a orelha e o ombro, começando a arrumar a cama.

—— Como você sabe eu trabalho no Galo a alguns anos e não pretendia sair tão cedo. Mas acabei por aceitar uma proposta de trabalhar em um outro lugar temporariamente. Questão de seis meses. —— explicou —— Deixaram nas minhas mãos escolher alguém de confiança e que eu saberia que essa pessoa é competente para o cargo. Então, sendo você a pessoa que encaixa em todos esses quesitos, te indiquei para a vaga.

—— Espera, pai. Como assim me indicou?

—— Qual outra pessoa de confiança eu teria? — ponderei a resposta.

—— Você é um médico conhecido. Além de ser nutricionista. Como não tem pessoas de confiança?

—— Nenhuma outra pessoa é mais confiável do que minha filha. —— suspirei —— Você me disse que precisava de novos ares e que queria sair da sua clínica.

—— É, mas eu 'tava pensando ainda. Não era uma coisa concreta. —— riu do outro lado da linha.

—— Às vezes, Bia, precisamos de um empurrãozinho. Considere isso como uma oportunidade de ouro. E além do mais, é só por seis meses.

—— Isso tem alguma relação com o...

—— Nenhuma. —— interrompeu —— Na verdade é um pouquinho.

𝐈𝐌𝐏𝐑𝐄𝐕𝐈𝐒𝐓𝐎 | 𝖦𝗎𝗌𝗍𝖺𝗏𝗈 𝖲𝖼𝖺𝗋𝗉𝖺Onde histórias criam vida. Descubra agora