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    𝗕𝗘𝗔𝗧𝗥𝗜𝗭 𝗦𝗘𝗠𝗣𝗥𝗘 𝗙𝗢𝗜 𝗨𝗠𝗔 incógnita pra mim

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    𝗕𝗘𝗔𝗧𝗥𝗜𝗭 𝗦𝗘𝗠𝗣𝗥𝗘 𝗙𝗢𝗜 𝗨𝗠𝗔 incógnita pra mim. Uma daquelas que a gente sabe que não deveria decifrar, mas a curiosidade te puxa, te consome, até você perder as estribeiras e se ver ali, mergulhando fundo no que deveria ter deixado de lado. Eu tentei, juro que tentei, manter uma distância segura. Manter a coisa no nível da amizade. Uma barreira que era mais pra me proteger do que qualquer outra coisa.

Mas foi só a gente cruzar aquele limite.

O mesmo que me manteve preso nessa confusão de pensamentos que não me deixam em paz. Desde então, eu não consegui dormir. Fecho os olhos e é como se tudo voltasse em flashes: o jeito que ela olhou pra mim antes de eu perder o controle, a suavidade da boca dela, a maneira como ela respirou fundo, meio surpresa, meio entregue. Eu senti meu coração batendo como um louco, eu queria conseguir falar mais. Manter Beatriz ali só pra poder olhar pra ela mais de perto, e não de longe como normalmente era. Só que ao mesmo tempo, uma parte de mim sabia que aquilo ali tinha passado dos limites que eu mesmo tinha colocado.

Eu tento me convencer que foi só um momento. Que o arrependimento vai passar, que a sensação de ter feito algo errado vai sumir. Mas é difícil, porque toda vez que eu fecho os olhos, eu vejo ela. Com aquele sorriso meio de lado, aquele olhar profundo que parece enxergar tudo. E aí, eu fico nesse conflito. Eu gosto dela. Gosto do jeito que ela me faz sentir quando 'tá por perto. Mas, ao mesmo tempo, sinto que 'tô me metendo numa enrascada daquelas.

A verdade é que a Beatriz sempre foi quem eu queria. Desde o início, ela foi diferente. Sei lá, ela tem uma forma de ser que me desestabiliza. Talvez porque ela nunca tentou ser outra coisa além dela mesma. Nunca fingiu, nunca disfarçou o que pensa, o que sente. E eu admiro isso. Muito mesmo. Ela tem uma força que não é só no jeito de falar ou de encarar os outros. E eu gosto disso. Sempre gostei.

Mas o problema é que eu me envolvi demais. Nunca quis admitir isso, nem pra mim, nem pra ninguém. Sempre achei que era só uma curiosidade, um interesse passageiro. Estive pensando desde aquele dia do jantar, que seria melhor esquecer tudo isso e focar em ajudar ela, ficar por perto sem lembrar de como eu me sentia. Fiz um esforço enorme em me convencer internamente disso.

𝐈𝐌𝐏𝐑𝐄𝐕𝐈𝐒𝐓𝐎 | 𝖦𝗎𝗌𝗍𝖺𝗏𝗈 𝖲𝖼𝖺𝗋𝗉𝖺Onde histórias criam vida. Descubra agora