𝗔 𝗦𝗘𝗠𝗔𝗡𝗔 𝗙𝗢𝗜 𝗗𝗔𝗤𝗨𝗘𝗟𝗔𝗦 𝗖𝗛𝗘𝗜𝗔𝗦 de altos e baixos. Primeiro, o jogo contra o CRB pelas oitavas da Copa do Brasil. Na ida, empatamos com os caras depois deles terem aberto 2×0 no placar em um apagão do time. Tudo deu uma resolvida quando buscamos o gol do empate, que foi meu, depois de uma assistência do Arana. Íamos virar se não fosse a anulação do terceiro gol nos últimos minutos. Assim, levando pra casa o resultado de 2×2 na bagagem. Eram dois tempos de noventa minutos, então não tinha nada resolvido.
Já em BH, na nossa Arena, conseguimos reverter o placar para um 5×2 tranquilo. Aquela sensação de pisar no campo e ouvir a torcida vibrar, de reerguer a cabeça depois de um empate chato, é o tipo de coisa que me faz lembrar porque eu decidi seguir esse caminho. Mas, sinceramente, a semana ainda estava me tirando qualquer resquício de bom-humor.Entre treinos e aquela cobrança constante de estar sempre no meu melhor, percebi uma coisa estranha. Beatriz estava mais distante do que o normal. Mal aparecia no dia a dia do CT, e quando aparecia, era rápida, profissional, sem muito papo. Sei lá, estava diferente. E eu não sabia se tinha a ver comigo ou com alguma outra coisa. A mãe dela, talvez? Eu sabia que a relação entre elas era tensa, mas parecia que tinha muito mais por trás.
Pensei nisso enquanto dirigia pro jantar na casa da Paula. Ela havia comentado sobre isso naquele dia na clínica da Bia, e apesar de estar meio sem cabeça pra socializar, eu tinha prometido que iria. Deixei o carro no estacionamento do prédio, já me preparando mentalmente pra colocar aquele sorriso de "tudo bem" no rosto, mesmo não estando nada bem.
Cheguei na portaria e logo fui liberado. Subi pelo elevador, aproveitando aqueles segundos de silêncio pra organizar as ideias, mas, sinceramente, minha cabeça ainda estava a mil. Estava nervoso, mas a ideia de dar um perdido no jantar não passava pela minha cabeça. Paula tinha sido tão insistente que eu não podia faltar, e além do mais, precisava fazer alguma coisa a não ser ler e caçar hobbies novos. E ainda assim, o pensamento na Beatriz não saía da minha mente.
Quando a porta do elevador se abriu no andar certo, eu ajeitei a postura, pronto pra encarar o que viesse. Toquei a campainha e fui recebido pela Paula com um sorriso largo, mas algo no jeito dela parecia meio forçado, como se aquele sorriso estivesse sido planejado para estar ali.
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𝐈𝐌𝐏𝐑𝐄𝐕𝐈𝐒𝐓𝐎 | 𝖦𝗎𝗌𝗍𝖺𝗏𝗈 𝖲𝖼𝖺𝗋𝗉𝖺
Fanfiction𝗜𝗺𝗽𝗿𝗲𝘃𝗶𝘀𝘁𝗼; que não se pode prever; sem previsão; que não foi previsto; casual ou inesperado: sucesso imprevisto. Onde 𝗕𝗲𝗮𝘁𝗿𝗶𝘇 𝗖𝗮𝗿𝘃𝗮𝗹𝗵𝗼 é a nova nutricionista do Clube Atlético Mineiro. ou Onde 𝗕𝗲𝗮𝘁𝗿𝗶𝘇 𝗖𝗮𝗿𝘃𝗮𝗹𝗵...