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     𝗟𝗜𝗕𝗘𝗥𝗧𝗔𝗗𝗢𝗥𝗘𝗦 𝗘́ 𝗗𝗜𝗙𝗘𝗥𝗘𝗡𝗧𝗘, né? Sei lá, tem uma energia que eu não consigo explicar

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     𝗟𝗜𝗕𝗘𝗥𝗧𝗔𝗗𝗢𝗥𝗘𝗦 𝗘́ 𝗗𝗜𝗙𝗘𝗥𝗘𝗡𝗧𝗘, né? Sei lá, tem uma energia que eu não consigo explicar. Quando você entra em campo, o som da torcida fica tão alto que parece que vai explodir seu tímpano. Ontem foi assim. Cada toque na bola, cada passe errado, cada dividida, tudo tinha um peso a mais. A galera 'tava ensandecida, gritando, cantando... parecia até final. E quando o juiz apitou o fim e a gente viu que 'tava classificado pras quartas, não deu pra segurar a felicidade. Foi grito, foi abraço, foi bagunça. Os caras saíram pulando em cima um do outro, outros já corriam que nem malucos, e eu? Eu só conseguia rir, de alívio e de cansaço.

Mas, no fundo, um pensamento me cutucava. Uma parte de mim, lá no fundo, queria pegar o celular e mandar uma mensagem. Pra ela. Queria que ela soubesse, que ela visse o quanto aquele momento importava. Só que não. As coisas entre a gente não 'tão boas. Na real, não tão nada.

Beatriz.

Ela tem estado distante, meio fria. E, cara, isso me dói mais do que eu gostaria de admitir. Parece que o espaço entre a gente só cresce, como se ela tivesse construindo uma muralha e eu, burro, tentando pular por cima. Antes, era mensagem todo dia, a gente trocando ideia, rindo das bobagens, falando sério de vez em quando. Agora, o silêncio é ensurdecedor. Parece que cada vez que eu olho pro celular, a tela me devolve um nada.

Eu queria dizer que é melhor assim, que é só deixar pra lá e seguir o jogo, mas... não é tão simples. Quando ela 'tá por perto, eu sinto tudo mais intensamente. E quando ela 'tá longe, sinto falta. Muita falta. E eu odeio isso. O fato de sentir tanta falta dela. De querer ela perto, mesmo sabendo que talvez seja melhor ela distante.

Depois do treino de hoje, cheguei em casa, joguei o corpo no sofá e peguei um livro qualquer da estante. Nem sei o título, pra ser honesto. Só queria distrair a mente, ocupar os pensamentos com qualquer coisa que não fosse Beatriz. A casa estava num silêncio estranho, o tipo de silêncio que pesa, que ecoa. Fiquei ali, lendo sem realmente ler, tentando me concentrar, mas as palavras corriam na página e eu só pensava nela.

Foi quando ouvi as batidas na porta. Suspirei fundo, já meio irritado. Levantei devagar, sem muita pressa, achando que era o porteiro ou alguma entrega perdida. Mas, quando abri a porta, dei de cara com a Isabela.

𝐈𝐌𝐏𝐑𝐄𝐕𝐈𝐒𝐓𝐎 | 𝖦𝗎𝗌𝗍𝖺𝗏𝗈 𝖲𝖼𝖺𝗋𝗉𝖺Onde histórias criam vida. Descubra agora