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𝗚𝗨𝗦𝗧𝗔𝗩𝗢

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𝗚𝗨𝗦𝗧𝗔𝗩𝗢.

O cara que sempre conseguiu me tirar do sério com apenas uma palavra. E agora, ele está ali, me olhando com aqueles olhos, dizendo que me ama. Parece surreal. Como se, de repente, o mundo tivesse se inclinado só um pouquinho, o suficiente para que tudo começasse a fazer um novo tipo de sentido.

Eu sempre fui cética sobre essas coisas, sabe? Amor à primeira vista, amor que nasce das cinzas de uma amizade destruída.

Mas o Gustavo faz tudo parecer tão fácil.

E é complicado de explicar. Não é só o jeito que ele sorri, com aquela cara de quem fez alguma besteira e está só esperando minha bronca. É mais do que o jeito que ele me olha, como se enxergasse direto dentro de mim, e ao mesmo tempo, soubesse exatamente o que dizer pra me tirar do sério e me fazer rir na mesma frase. É o jeito que ele está sempre por perto, mesmo quando não está, como se a presença dele ficasse ali, na minha pele, no meu dia a dia. É o modo como ele bagunça tudo, e, de alguma forma, coloca tudo no lugar de novo.

E a verdade é que eu não sei o que está acontecendo entre a gente, mas eu gosto. Gosto demais. Talvez até demais pro meu próprio bem.

Meus devaneios são interrompidos por um resmungo baixinho. Theo, o bebê de uma amiga que mora no prédio, começa a se mexer nos meus braços. Eu olho pra ele e vejo aqueles olhinhos se abrindo lentamente, ainda cheios de sono. Ele se estica um pouco, com aqueles bracinhos gordinhos, e eu sinto uma onda de ternura me invadir. Eu sempre gostei de crianças, sempre me dei bem com elas. Não sei, acho que elas têm essa coisa de serem honestas, diretas, e, ao mesmo tempo, tão cheias de pureza. É um tipo de verdade que eu não vejo muito por aí.

A minha amiga, Amanda, teve que sair para resolver umas coisas urgentes, e como eu estava de folga e sem muito o que fazer, acabei me oferecendo para cuidar do pequeno. Ele é um bebê tranquilo, desses que só chora quando realmente precisa de algo.

Theo faz mais um barulhinho de quem não está muito satisfeito, e eu começo a balançar ele devagar.

Ele sorri com o canto da boca, ainda meio sonolento, e eu não consigo evitar sorrir também. Mas, de repente, o som da campainha ecoa pela sala, fazendo com que o bebê se sobressalte e comece a chorar baixinho. Droga. Quem será a essa hora? Ainda com Theo nos braços, eu vou até a porta e, assim que olho pelo olho mágico, meu coração dá um pulo no peito.

𝐈𝐌𝐏𝐑𝐄𝐕𝐈𝐒𝐓𝐎 | 𝖦𝗎𝗌𝗍𝖺𝗏𝗈 𝖲𝖼𝖺𝗋𝗉𝖺Onde histórias criam vida. Descubra agora