Quando Margot recebe a notícia de que sua família estava com problemas com um exército de recém criados a mesma retorna a sua família depois de anos afastada. Após reencontros e apresentações dos tão falados membros que chegaram após sua partida, a...
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O destino pareceu mais longe do que deveria, porém eu não estava decepcionada, cada segundo ao lado de Alice era revigorante, durante o caminho, ela passou boa parte do tempo segurando o pingente do colar em seu pescoço, as vezes sorria espontaneamente perdida em pensamentos e eu ficava maravilhada em olhá-la.
— Você gostou? — apontei para o colar e ela suspirou dramaticamente.
— Eu amei! Não esperava por isso, obrigada mesmo — pela quinta vez ela me agradeceu.
Acelerei o carro no limite, e em pouco tempo virei em uma curva entrando em uma estrada de terra.
— Vai me matar e me enterrar na floresta? — ri com sua pergunta quando parei o carro no caminho deserto.
— Vamos precisar correr um pouco, venha. — retirei os saltos do meu pé e os deixei no carro, calçando o tênis que deixei no banco de trás.
Quando abri a porta para Alice, a carreguei no estilo noiva.
— Temho certeza que posso acompanhá-la.
— Assim fica mais divertido — sorri me apressei a correr.
Já estava próximo da meia noite, por mais que não parecesse, passamos um bom tempo no baile de Tereza, o que atrasou uma parte dos meus planos.
— Enfim chegamos — a desci suavemente no chão quando chegamos no topo da colina, dali podíamos ver Seattle inteira, a iluminação era alta apesar do tardio horário.
Mais não era a luz da cidade que eu queria mostrar a Alice, era algo ainda mais belo.
— Venha.
Segurei sua mão enquanto a guiava para a direção oposta da colina.
— Aquilo é lindo — o suspiro de Alice maravilhoso cobriu qualquer mísero silêncio.
A lua estava no seu ápice, cheia e tão bela, como uma rainha, as estrelas pareciam dançar em sua volta, como se clamassem a beleza da lua, a paisagem escura e tão oposta da cidade as faziam brilhar ainda mais, como se todas no céu soubessem de sua beleza e se esbeltassem no céu por isso.
— Eu nunca tinha visto algo assim — olhei para Alice que ainda mantinha seu olhar do céu, o brilho da lua refletia nos seus olhos, os deixando tão encantadores e fascinantes.
— Essa é a lua azul, alguns estudos revelam que ela ocorre a cada dois anos em algum mês específico — me aproximei por trás da mesma, sentindo seu cheiro próximo de mim.
— Tivemos essa sorte então — ela se virou para mim, estávamos coladas, tão próximas que eu não consegui raciocinar para respondê-la.
Seu hálito quente soprava sobre meu rosto, me deixando alucinada, deixei meu olhar varrer sobre seus lábios, esses que ela teve a maldade de lamber enquanto eu mantinha meu olhar, voltei a olhá-la e ela também estava com os olhos presos em minha boca, seus olhos que antes brilhavam claros, estavam escuros, perfeita, ela estava tão perfeita.
