Grandmaster of Cultivation Demoniac - Mo Dao Zu Shi (novel) Livro 1

Capitulo 2 Tirania e Grosseria - pag 3

Entretanto, Wei Wuxian não estava convencido. Como ele terminou sendo um dos "espíritos hediondos"? Embora sua reputação tenha sido relativamente ruim, e sua morte bem trágica também, isso não faza sentido, pois, primeiro, ele não causava problemas e, segundo, não deve java vingança. Ele podia jurar que nem no céu nem na terra encontrarian um espírito mais quieto e consciente como ele.

O problema era que a Possessão Oferecida dependia, primeiramente, da voluntariedade do invocador; então, por mais inconvicto que estivesse... ele já havia o possuído, e isso tacitamente indicava que am bos chegaram a um acordo e ele precisava realizar o desejo do invo cador. Caso contrário, a maldição iria se espelhar nele e, assim como o indivíduo que possuiu, seu espírito primordial seria aniquilado, sem nem restar uma oportunidade sequer para a reencarnação.

Wei Wuxian levantou as mangas e deu uma olhada. De fato, os seus pulsos estavam repletos de feridas horríveis, causadas por alguma arma afiada. O sangue já estava coagulado, mas ele sabia bem que não eram feridas comuns; caso não realizasse o desejo do dono anterior daquele corpo, os machucados não curariam. Quanto mais demorasse, pior ficaria. Caso passasse do prazo, ele, que havia recebido o corpo, seria rasgado vivo também.

"Como pode?!", repetiu dez vezes na cabeça, e enfim, levantou-se, relutante, apoiando-se na parede.

Embora o quarto fosse grande, estava vazio e acabado, e não era possível saber qual havia sido a última vez que trocaram as roupas de cama já estavam começando a cheirar a mofo. No canto da parede, havia uma cesta de bambu encostada que originalmente havia servido de lixeira, mas depois de derrubada, objetos sujos e restos de papel em seu interior haviam se espalhado por todo o chão.

Num maço de papel, Wei Wuxian pensou ter visto marcas de tinta, então apanhou um para observar de perto. Realmente, estava repleto de palavras. Então, ele rapidamente coletou todos os pedaços de papel. As palavras deveriam ser as que o dono daquele corpo havia escrito para desabafar quando estressado. Alguns trechos não faziam o menor sentido, eram todos incoerentes, e o ar de ansiedade e nervosismo golpeava através dos papéis e da escrita. Mantendo a paciência, ele olhou folha por folha, e quanto mais lia, mais estranho achava.

Chutando e adivinhando, conseguiu entender e organizar algumas coisas. Primeiro, o dono desse corpo se chamava Mo Xuanyu, e ele estava na Mansão dos Mo. Seu avô por parte de mãe era de uma grande família local, mas que possuía poucos integrantes pois não havia tido sorte em matéria de filhos; mesmo sendo ativo a vida toda, só teve duas filhas. Os nomes não haviam sido mencionados, mas sabia-se que a irmā mais velha era filha da primeira esposa, e seu marido havia tomado o sobrenome Mo dela. A segunda, mesmo tendo uma aparência excelente, era filha de uma serva, por isso a família Mo pretendia casá-la de forma modesta. Porém, ninguém esperava que ela fosse ter uma aventura aos seus dezesseis anos, um grande líder passou pelas proximidades e apaixonou-se por ela à primeira vista; os dois começaram a se encontrar na Vila Mo e, um ano depois, a segunda irmã deu à luz um filho, Mo Xuanyu.

As pessoas da Vila Mo desprezavam bastante coisas desse tipo, então, de início, a reação foi bem negativa. Mas como os cultivadores e os clas recebiam um grande respeito das pessoas comuns por, na visão delas, serem seres vigiados e guardados pelo céu, misteriosos e elegantes, sem contar que aquele líder também ajudava a vila de vez em quando, logo a situação começou a mudar. Além da família Mo passar a se orgulhar disso, os outros também a invejavam ao extremo.

Mas essa época boa durou pouco; aquele líder ambicionava coisa nova e depois de dois anos já havia se enjoado, começando a voltar cada