Grandmaster of Cultivation Demoniac - Mo Dao Zu Shi (novel) Livro 1

Capitulo 2 Tirania e Grosseria - pag 11

Um dos discípulos que estava de pé no telhado o viu e alertou:

— Volte, uma pessoa como você não deveria vir aqui.

Embora o expulsasse, era com boas intenções e seu tom também cra diferente daqueles servos. Wei Wuxian o pegou desprevenido, pulando e arrancando uma bandeira do telhado.

Aquele jovem levou um susto, desceu do telhado e foi atrás de Wei Wuxian, dizendo:

— Não mexa com isso, não é algo que você deveria pegar!

Wei Wuxian gritava e corria ao mesmo tempo, todo descabelado, mexendo os braços e as pernas descoordenadamente, sem diferir em nada de um louco.

— Não devolvo! Não devolvo! Eu quero isso! Eu quero!

O discípulo o alcançou em poucos passos, e enquanto segurava o pelo ombro, perguntou:

— Você vai devolver ou não? Se não devolver eu vou ter que bater em você!

Wei Wuxian agarrava aquela bandeira e não queria soltar de jeito algum. O discípulo que os liderava estava posicionando as bandeiras, e essa situação acabou chamando sua atenção, então saltou levemente e desceu do telhado.

— Jingyi, pronto, só pegue a bandeira de volta que está resolvido, para que levar a sério com ele? — repreendeu.

— Sizhui, eu nem bati nele de verdade! Olha para isso, ele deixou a nosso arranjo de bandeiras todo bagunçado!

Enquanto isso, Wei Wuxian conferiu rapidamente a bandeira que es- tava nas suas mãos. Os desenhos estavam corretos, os encantamentos também estavam completos, não faltava nada, também não teria nenhum erro caso as utilizassem. Porém, a pessoa que desenhou a bandeira não era experiente o suficiente, então a invocação atrairia apenas os espíritos malignos e cadáveres ambulantes que estavam dentro de um diâmetro de, no máximo, dois quilômetros e meio. Mas isso já era o suficiente.

Lan Sizhui sorriu a ele e explicou:

— Jovem mestre Mo, o céu está escurecendo e já, já vamos começar a caçar os cadáveres ambulantes. De noite estará perigoso, é melhor você voltar logo para seu quarto.

Wei Wuxian deu uma olhada nesse rapaz. Ele era disciplinado e elegante, tinha uma ótima aparência e um leve sorriso adornava seu rosto era um ótimo aluno que merecia aplausos. Não só organizou o arranjo de bandeiras detalhadamente, sua educação também era realmente excelente. De um lugar terrível como o Clã Lan de Gusu, cheio de pessoas com pensamentos antiquados, não se sabia quem que conseguiu educar um júnior desse tipo.

— A bandeira... — repetiu Lan Sizhui.

Antes que o jovem pudesse terminar, Wei Wuxian já jogou a bandeira no chão e o interrompeu:

— Isso é só uma porcaria de bandeira, não tem nada demais! Desenho muito melhor que vocês!

Ele largou a bandeira e fugiu. Os discípulos que ainda estavam de pé
no telhado, assistindo à cena, quase caíram depois de rirem tanto com o jeito que ele estava se gabando. Lan Jingyi também passou a rir de tanta raiva que sentia, apanhou aquela bandeira e bateu a poeira fora.

— É um louco mesmo!

— Não fale assim. Venha ajudar — respondeu Sizhui. Por outro lado, Wei Wuxian, despreocupado, deu uns giros e só voltou para aquele pequeno pátio de Mo Xuanyu quando já estava de noite. A trava da porta estava quebrada, o chão estava todo bagunçado e não tinha ninguém para arrumar. Ele ignorou tudo, escolheu um canto mais limpo e se sentou, continuando sua meditação.