Capítulo 2 Tirania e Grosseria - pag 9

6 2 0
                                    

Os jovens de branco estavam olhando entre si, um deles estava tomando chá e quase se engasgou. Para Os discípulos que cresceram no Clã Lan de Gusu, tudo que tinham contato era belo e calmo, provavelmente nunca haviam visto uma confusão como essa e muito menos uma postura assim. Provavelmente, tiveram uma experiência e tanto.

Wei Wuxian, fora de si tamanha a alegria, esticou a mão e pediu:

— Então devolva.

É claro que Mo Ziyuan não tinha como devolver, o que não jogou fora estava destruído. E mesmo se conseguisse devolver, não estava convencido de que devia. Furioso e com um olhar alarmante, questionou:

— Mãe! Você vai mesmo deixar ele me humilhar?

Madame Mo o encarou de volta, alertando para não piorar a situação. Inesperadamente, Wei Wuxian disse novamente:

— Falando nisso, além do fato de que não deveria ter roubado minhas coisas, também não deveria ter ido na madrugada. Não é segredo para ninguém que eu gosto de homem. Ele pode não sentir vergonha, mas eu entendo que debaixo de uma ameixeira não se estende o braço para arrumar o chapéu e ao lado de um campo não se agacha, pois é muito fácil deixar a entender outras coisas.

Madame Mo respirou fundo e vociferou:

— Quanta besteira está falando na frente dos vizinhos! Você não tem vergonha mesmo, A-Yuan é seu primo!

Se fosse para falar em agir arbitrariamente, Wei Wuxian tinha talento. Antes, mesmo quando dava uma enlouquecida, preocupava-se em manter a decência e não deixar os outros o chamarem de mal-educado; mas agora que a situação estava diferente, ele já era um louco mesmo, para que se preocuparia com isso? Foi do jeito que achou melhor.

— Ele sabe que é meu primo e não evita esse tipo de situação suspeita, quem é o sem-vergonha aqui?! Ele pode não se importar com a própria inocência, mas não venha acabar com a minha! Eu ainda quero achar um bom homem!!! Esticando o pescoço, ousado e confiante.

Mo Ziyuan deu um grito, arrancou a cadeira e se jogou em sua direção. Vendo que ele finalmente havia explodido, Wei Wuxian rolou e rapidinho levantou, desviando do objeto. Aquela cadeira caiu no chão e quebrou, e as pessoas que rodeavam a sala, originalmente esperando que a família Mo fosse passar por uma grande vergonha, fugiram e se espalharam com medo das consequências.

Wei Wuxian então foi se esquivando em direção àqueles jovens do Clã Lan, enquanto gritava:

— Todos viram isso? Não viram? Não bastava me roubar, ainda quer me bater, quanta falta de consciência!

Mo Ziyuan queria correr atrás dele e acertá-lo, mas aquele jovem que parecia ser o líder interferiu e disse:

— Err... Jovem mestre, é mais fácil se conversarmos.

Madame Mo viu que o jovem tinha intenções de proteger aquele louco e hesitou um pouco. Forçou-se para colocar um sorriso no rosto e explicou:

— Esse é o filho da minha irmã, ele não bate muito bem... Apontou para a cabeça. Todos da Vila Mo sabem que ele é um louco, vive falando coisas estranhas, não podem levar a sério. Caros cultivadores, jamais...

Wei Wuxian não esperou ela terminar, colocou a cabeça para fora
enquanto ainda estava atrás do jovem e respondeu:

— Quem disse que não pode levar as minhas palavras a sério? Daqui para frente, quem tentar roubar algo meu de novo terá um braço cortado. Um braço por vez!

Mo Ziyuan já havia sido segurado pelo seu pai e, ouvindo isso, queria ir para cima dele de novo. Wei Wuxian disparou em direção à porta igual a um peixe enquanto cantarolava "lá, lá, lá". Aquele jovem então se posicionou a porta, bloqueando-os enquanto mudava de assunto, assumindo uma expressão mais séria.

— Err... Hoje, então, com sua permissão, vamos usar o pátio oeste. Por favor, lembrem-se bem do que eu falei antes: depois de anoitecer, fechem bem as portas e as janelas, não saiam mais e muito menos se aproximem daquele pátio.

Grandmaster of Cultivation Demoniac - Mo Dao Zu Shi (novel) Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora