Capitulo 2 Tirania e Grosseria - pag 15

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Sempre que se deparava com um problema, ela dava ordens ao marido e dessa vez não foi diferente:

— Chame alguém! Chame todas as pessoas! — exclamou depois de lhe dar um empurrão.

Mas o marido dela estava paralisado. Fosse porque a morte do único filho tinha sido um choque muito grande ou por algum outro motivo, o homem acabou revidando na esposa. Madame Mo caiu desprevenida no chão, chocada com o que havia acontecido. Normalmente, não era necessário nem o empurrar, bastava a voz dela levantar um pouco que ele já ia fazer o que ela mandava, como é que hoje ousou revidar?!

Os servos ficaram assustados com a cara dela, e A-Ding, enquanto tremia, foi levantá-la. Com a mão no peito e a voz também tremendo, Madame Mo mandou:

— Você... você... você também, saiam daqui!

O marido dela parecia não ter ouvido. A-Ding deu várias olhadas e piscadas para A-Tong, que logo se movimentou para levar o mestre para fora, e num instante, a bagunça tomou conta dentro e fora do salão.

Wei Wuxian, vendo que a família estava se aquietando, pretendia continuar analisando o corpo, mas não deu muito tempo para outra voz estridente, vinda do pátio, invadir o local.

Todas as pessoas saíram correndo de dentro do salão. No chão, duas pessoas estavam convulsionando: A-Tong que se encontrava sentado, vivo, e outro que estava caído sua carne e sangue pareciam ter sido completamente sugados. Ele estava todo murcho, enrugado e com um braço a menos, sem mais nada de sangue para sair pelas feridas. O estado do cadáver era igual ao de Mo Ziyuan.

Madame Mo se livrou de A-Ding, que lhe dava suporte, e viu aquele corpo deitado no chão. Seus olhos se arregalaram um pouco e finalmente perdeu as forças e desmaiou com a cena. Wei Wuxian, que coincidentemente estava perto dela, segurou-a, e depois a passou para A-Ding, que correu para segurá-la. Feito isso, verificou novamente os braços, uma das feridas também havia desaparecido do braço direito.

Mal tinham deixado o salão e nem haviam saído do pátio leste, o marido da Madame Mo havia morrido tragicamente, e tudo aconteceu num piscar de olhos. Lan Sizhui, Lan Jingyi e os outros também estavam com o rosto um pouco pálido.

Lan Sizhui, o primeiro a se acalmar, foi até A-Tong que ainda estava sentado no chão e perguntou:

— Conseguiu ver o que era?

O servo estava extremamente assustado, não conseguia abrir a boca e falar nada, só balançava a cabeça. A ansiedade queimava o coração de Lan Sizhui, e ele pediu para seus condiscípulos levarem A-Tong para dentro. Em seguida, voltando-se para Lan Jingyi, perguntou:

—Lançou o sinal?

— Foi lançado, mas se nas proximidades não tiver nenhum sênior para dar apoio, nosso reforço também vai levar, pelo menos, uma hora para chegar, o que fazemos agora? Não sabemos nem o que é isso.

É claro que eles não podiam ir embora. Se algum discípulo cultivador pensasse apenas em escapar ao encontrar um espírito maligno, além de ser uma humilhação para o próprio cla, ele mesmo também ficaria extremamente envergonhado. Esse pessoal da família Mo também não podia ir embora, muito possivelmente o espírito maligno estava entre eles, não adiantava fugir.

— Fiquem de guarda, vamos esperar eles chegarem! — ordenou Lan Sizhui, cerrando os dentes.

Já que o sinal havia sido lançado, não demoraria muito para os outros cultivadores chegarem para dar suporte. Por conta disso, a fim de evitar de causar mais problemas, Wei Wuxian deveria se retirar.

Grandmaster of Cultivation Demoniac - Mo Dao Zu Shi (novel) Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora