Capítulo 3 Orgulho e Arrogância- pag 6

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Com certeza era algum jovem mestre do Clā Jin de Lanling, Somente esse clã utilizava a peônia branca como emblema familiar, denotando que era o rei dos clãs ao utilizar a rainha das flores; o sinal vermelho simboliza "abrir as portas ao intelecto, iluminar o mundo com a luz vermelha".

Esse jovem mestre estava armando o arco, prestes a atirar, quando viu que o que a tela havia capturado eram pessoas. Depois de ficar frustrado, a impaciência o tomou e ele exclamou:

— Toda vez são vocês, estúpidos. Nesta montanha tem mais de qua trocentas telas, as presas ainda não foram capturadas, mas vocês já destruíram quase vinte!

"Que rico!", continua pensando Wei Wuxian.

Uma Tela de Captura do Imortal não custava um baixo valor, e ele armou mais de quatrocentas de uma vez, se fosse um clã um pouco menor, com certeza teria ido à falência. Tinha que ser o Cla Jin de Lanling. Mas usar as telas de forma indiscriminada e pegar o que quer que seja, ai ja não estava mais praticando caçada noturna, e sim expulsando pessoas, não deixando que os outros tivessem a mínima chance de dividir a presa Provavelmente, os cultivadores que foram embora mais cedo, não deixaram o local porque o alvo era difícil demais de lidar, e sim porque hà um clã difícil de lidar.

Depois de dias de caminhada lenta, mais o que ouviu na Vila Pé do Buda, Wei Wuxian também estava ciente dos altos e baixos do mundo cultivador. Como o vencedor final da guerra centenária dos clas cultiva dores, naquele momento o Cla Jin de Lanling regia aquele mundo, e ate seu líder era chamado de "Cultivador-chefe".

O Clã Jin já era arrogante e orgulhoso, gostava de luxo e esplendor, e nesses anos andava no topo de tudo, fortalecendo sua família. Instruia os seus díscípulos a serem despreocupados e audaciosos, então os clas um pouco inferiores já não conseguiam responder às humilhações, quem diria uma família rural como essa. Por isso, mesmo que as pessoas presas na tela ficassem com o rosto vermelho de raiva por conta das palavras grosseiras desse jovem, elas também não tinham coragem de revidar. O homem de meia-idade pediu calmamente:

— Jovem mestre, nos faça um pequeno favor e nos solte.

O jovem já estava estressado porque a presa não aparecia, aproveitou então para descontar a raiva nesses caipiras e disse:

— Continuem aí pendurados mesmo, melhor do que ficarem andan do por aí e me atrapalharem de novo! Quando eu pegar a besta devoradora de almas, e caso eu me lembre de vocês, venho soltá-los.

Se eles continuassem pendurados na árvore por uma noite toda, e coincidentemente batessem de cara com a coisa que estava vagando pela Montanha Dafan quando não conseguiam nem se movimentar, acabariam tendo suas almas sugadas. Aquela moça do rosto redondo, que lhe deu uma maçã, ficou com tanto medo que começou a chorar. As orelhas do burro, que ainda carregava Wei Wuxian nas costas, ao escutar o choro, deram uma tremida; em seguida, o animal deu um salto e saiu correndo.

Junto do salto ainda deu um zurro altíssimo. Se não fosse por conta da voz feia demais, não seria exagero esse vigor e coragem ser confundido com um cavalo primoroso. Wei Wuxian foi pego de surpresa e caíu no chão, quase ficando com a cabeça toda machucada. O burro corria com o cabeção virado para o jovem, parecia estar crente de que ia conseguir derrubá-lo com a própria cabeça, e o jovem, ainda com a flecha armada, aproveitou e mirou no animal. Wei Wuxian, que não queria ter que procurar por outra montaria, logo puxou as rédeas. Aquele jovem olhou para ele e mostrou uma expressão de espanto, que logo se transformou em desdém, dizendo:

— Então é você.

Grandmaster of Cultivation Demoniac - Mo Dao Zu Shi (novel) Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora