Capítulo 2 tirania e Grosseria - pag 14

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O arranjo usava seis bandeiras no total, das quais cinco ainda estavam no pátio oeste. A estratégia usava os discípulos do Clã Lan como isca, mas eles estavam sempre portando sabe-se lá quantos artefatos mágicos. Contudo, embora Mo Ziyuan tenha pegado apenas uma bandeira, ele não tinha nenhum artefato para se proteger. É como diz o ditado "aperta-se os caquis que estão moles", os espíritos malignos naturalmente serão atraídos por ele, o mais fraco de todos. Se fossem os cadáveres ambulantes, não faria muita diferença, mesmo que levasse umas mordidas, não morreria tão cedo. Mas, infelizmente, por obra do acaso, essa bandeira acabou atraindo algo pior que os cadáveres: esse espírito maligno desconhecido que matou Mo Ziyuan e levou um braço dele!

Wei Wuxian levantou seu braço e, como já esperava, uma das feridas de seu pulso esquerdo sarou. Pelo visto, o pacto da Possessão Oferecida considerou que a morte do Mo Ziyuan foi contribuição dele. Até porque a Bandeira de Atração Yin foi uma criação sua; mirou errado, mas acertou.

Madame Mo sabia bem das besteiras que seu filho fazia, mas não queria admitir que a morte dele foi fruto das próprias ações; ficou ansiosa e estressada, e no nervosismo, apanhou uma xícara e foi jogando na cara de Wei Wuxian, enquanto gritava:

— Ele iria sair no meio da noite se não fosse por você tê-lo acusado irracionalmente, na frente de tanta gente?! É tudo por sua causa, seu desgraçado!

Wei Wuxian já estava preparado e deu um passo rápido para se desviar. Madame Mo então virou para Lan Sizhui e exclamou:

— E você também! Vocês são um bando de imprestáveis, cultivar para quê?! Extinguir os males para quê, se não conseguem nem proteger um menino?! A-Yuan era só um adolescente!

Esses discípulos ainda eram jovens, saíram poucas vezes para praticar e tinham pouca experiência para conseguirem descobrir as anormalidades dessa área. Mal pensaram na possibilidade de existir espíritos malignos tão crućis assim por ali. De início, sentiram remorso achando que tinham falhas em si mesmo, mas depois de Madame Mo insultá-los sem distinguir o certo do errado, todos ficaram com a cara fechada, até porque no fim das contas eles saíram de um clă proeminente e nunca ninguém tinha tido co- ragem de tratá-los assim. Entretanto, os ensinamentos e a educação do Clã Lan de Gusu eram extremamente rigorosos, e exigiam que se abstivessem de pôr as mãos em pessoas comuns que não fossem capazes de revidar; além disso, a falta de etiqueta também era inaceitável, então mesmo aborrecidos, tiveram que se segurar.

Mas Wei Wuxian não aguentava mais. "Já faz tantos anos, como que o Cla Lan ainda está desse jeito, querem a merda do tal autocontrole para quê?! Não se sentem sufocados? Olhem e aprendam!", pensou consigo mesmo.

"Ptchu!", cuspiu ele com desprezo, bruscamente, antes de questionar:

— Quem você acha que está humilhando? Está mesmo achando que eles são seus servos? Eles vieram de longe para exterminar os males, sem pedir nada em troca, e agora estão te devendo o quê? Quantos anos tinha seu filho? Agora deve ter dezessete, não é? Ainda é um "menino"? Quantos anos esse menino tem para não entender palavras humanas? Ontem não foi avisado que não era para se aproximar do pátio oeste e não era para mexer em nada que estava dentro do arranjo? Seu filho saiu escondido no meio da noite para ser furtivo e é culpa minha?! É culpa deles?!

Lan Jingyi e os discípulos soltaram o ar, os rostos finalmente não estavam mais tão feios a ponto de ficarem roxos. Por outro lado, a Madame Mo estava sentindo tristeza e ódio ao extremo, só conseguia pensar na Dalavra "morte". Não era ela que ia morrer para fazer companhia ao filho, e sim com o mundo, principalmente aqueles que estavam à sua frente.

Grandmaster of Cultivation Demoniac - Mo Dao Zu Shi (novel) Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora