Capítulo 2 Tirania e Grosseria - pag 10

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Madame Mo tremia de raiva, estava com seu caminho bloqueado, mas não podia empurrar o jovem, só restou a ela dizer:

— Sim, sim. Obrigada, obrigada...

— Mãe, aquele louco me humilhou daquele jeito na frente de todo mundo, vamos deixar passar?! Você falou que ele não era nada mais que um... — reclamou Mo Ziyuan desacreditando, mas foi interrompido.

— Calado. O que tem de tão importante que você não pode esperar voltarmos para falar?

Mo Ziyuan nunca esteve tão prejudicado e tão humilhado, muito menos fora repreendido assim pela sua mãe antes.

— Esse louco não vive mais uma noite!

Após a bagunça toda, Wei Wuxian saiu do local e deu uma volta pela Vila Mo, deixando para trás um bando de gente chocada. Mas ele estava se divertindo, começou a compreender a graça de ser um louco, até começou a gostar da sua maquiagem de enforcado e ficou com dó de lavar o rosto.

"Não tem água mesmo, então não vou lavar", pensou consigo mesmo. Ele arrumou o cabelo e deu uma olhada nos pulsos, as feridas não pareciam ter o mínimo indício de que iam melhorar. Ou seja, uma vingança leve dessas não bastava, ainda estava longe.

Será que realmente era para ele aniquilar a família Mo...? Honestamente, não era difícil.

Enquanto pensava, Wei Wuxian foi fazendo o caminho de volta para a casa dos Mo, com passadas leves. Quando passou pelo pátio oeste, viu aqueles discípulos do Clã Lan em cima do telhado e muros da casa, discutindo seriamente sobre algo. Nas pontas dos pés, voltou um pouco e ficou olhando para eles.

Apesar do Clã Lan de Gusu ter tido um papel grande entre os clas que participaram da operação de supressão, esses juniores ou ainda nem haviam nascido ou só tinham poucos anos de idade na época da operação, logo não tinham nenhuma relação com aquilo. Wei Wuxian ficou parado enquanto observava, olhando como eles iam resolver o problema. Mas enquanto observava, de repente sentiu algo estranho.

Perguntou-se por que aquelas bandeiras pretas, erguidas por todo o telhado e muros, pareciam ser tão familiares.

Essas bandeiras se chamavam "Bandeira de Atração Yin" se fossem espetadas numa pessoa viva, atrairiam espíritos yin, almas vingati- vas, cadáveres ferozes, espíritos malignos, que atacariam apenas aquele corpo. Como a pessoa parecia ter se tornado um alvo vivo, a bandeira também tinha o nome de "Bandeira de Alvo". Podia, ainda, ser usada em casas, mas dentro dela precisava ter uma pessoa viva, assim o alvo dos ataques se expandia para todos que estavam dentro do edificio, Por conta dos arredores de onde a bandeira era erguida estarem repletos de energia yin, como se o vento negro estivesse pairando, também podia ser chamada de "Bandeira do Vento Negro".

Esses jovens estavam arrumando o arranjo de bandeiras por todo o pátio, ainda pediram para que ninguém se aproximasse; sem dúvidas era para atrair os cadáveres ambulantes até ali e eliminá-los de uma vez só.

E quanto ao porquê dessas bandeiras parecerem tão familiares... E tinha como não parecerem? O criador da Bandeira de Atração Yin era o próprio Patriarca de Yiling! Parecia que os clas cultivadores, mesmo brigando e clamando para matá-lo, continuavam usando suas invenções da mesma maneira.

Grandmaster of Cultivation Demoniac - Mo Dao Zu Shi (novel) Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora