𝟎𝟎𝟑

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ᴄᴀᴘíᴛᴜʟᴏ 003: " ǫᴜᴀɴᴅᴏ ᴠᴏᴄê ᴠᴀɪ ᴘʀᴇꜱᴛᴀʀ ᴀᴛᴇɴçãᴏ ᴇᴍ ᴍɪᴍ ᴍɪɴʜᴏ?"•°•♡•°•

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ᴄᴀᴘíᴛᴜʟᴏ 003: " ǫᴜᴀɴᴅᴏ ᴠᴏᴄê
ᴠᴀɪ ᴘʀᴇꜱᴛᴀʀ ᴀᴛᴇɴçãᴏ ᴇᴍ ᴍɪᴍ ᴍɪɴʜᴏ?"
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ᴄᴀᴘíᴛᴜʟᴏ 003: " ǫᴜᴀɴᴅᴏ ᴠᴏᴄê ᴠᴀɪ ᴘʀᴇꜱᴛᴀʀ ᴀᴛᴇɴçãᴏ ᴇᴍ ᴍɪᴍ ᴍɪɴʜᴏ?"•°•♡•°•

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𝗔𝗠𝗔𝗟𝗜𝗔

De certo que eu amava estar ali na clareira com os garotos que eu chamava de família, mas pode se dizer que eu vivia aqui por não ter outra opção, já que ainda não acharam uma saída pelo labirinto.

Era meus pensamentos enquanto eu balança em minha rede, estava com cólica, sinalizando que entraria nos terríveis dias mensais que eu sempre passava. E por essas cólicas, Alby me liberou do meu trabalho. Mas claro que eu não consigo ficar muito tempo sentada.

Me levantei, a dor não ia passar se eu ficasse deitada, então me direcionei a horta, onde Newt estava, sozinho, oque era uma surpresa, já que ele pegava muito no pé dos garotos que ele era encarregado.

— Oi Newt, precisa de ajuda?

— No momento não — Ele se levantou limpando as mãos que estavam sujas pela terra — Tá melhor?

Ele era o único dos meninos que sabia a tal "doença" que Alby disse que estava. Pedi a ele para não falar, por ser um assunto mais delicado. Em reposta a Newt, assenti com a cabeça.

— Amália, você e o Minho não tiveram nada mesmo ontem na cachoeira? — Ele olhou para os lados certificando que ninguém iria escutar.

— Claro que não, eu te contaria se tivesse — ele murmurou um "hum" — Oque você tá sabendo em?

— Nada demais — Ele começou a cortar ramos de uma planta da horta — Só que ontem, logo depois que você foi dormi, eu e os meninos, nos juntamos para conversar, o Minho tava no meio.

— E oque isso tem haver comigo? — Cruzei os braços.

Newt parou de cortar folhas secas e danificadas da planta para me olhar, ele parecia pensar na forma certa de falar oque ele iria falar.

— Bem... os meninos tavam dizendo os garotos que talvez teriam chance com você.

— Idai?

— Idai que ele ficou com cara fechada quando começaram a supor. Fora que ele disse que não interessava a ninguém com quem você iria ficar.

— Talvez ele só tenha tido um dia ruim.

— Talvez ele tenha ficado com ciúmes.

— Ciúmes? De mim? O Minho? — Eu não aguentei e soltei uma risada, óbvio que não era isso — Cara, o Minho nunca nem olhou pra mim direito, quem dera ele ter ciúmes de mim.

— Bem, faça o teste hoje, que tal? — Olhei para ele confusa — Olha, só da em cima de algum dos meninos na frente dele. Quem sabe você veja o ciúmes dele com os próprios olhos?

[...]

Confesso. Eu estava sendo muito infantil em entrar no jogo do Newt, estava só esperando os meninos começarem a ficar meio bêbados com essa bebida que o Gally faz. Afinal, de preferência, não queria que o escolhido para eu atiçar o ciúmes no Minho, lembrasse no outro dia. Não quero ninguém no meu pé achando que estou interessada.

Newt para me ajudar nisso, propôs uma competição de quem bebia mais, e nisso, a maioria já estavam caindo de alcoolizados que estavam. Newt se aproximou rindo com um frasco da bebida em mãos.

— Vamos determinar o escolhido. — Ele disse com um sorriso travesso.

— Quem sugere?

— Alguém que o Minho já tenha algum tipo de desentendimento — Ele olhou os clareanos que ainda estavam bebendo, e apontou discretamente para um — Que tal o Gally?

Olhei para o Newt. Eu gostava muito do Gally, mas não ao ponto de dar em cima dele, nunca viria ele como par romântico. Suspirei pegando o frasco de bebida que Newt segurava, precisava de coragem para isso. Tomei 3 goles da bebida.

— Vamos facilitar, chamar os meninos para jogar verdade ou consequência.

Newt se levantou indo em direção ao meninos e os chamando para o jogo, todos começaram a sentar em uma roda, Minho também estava, Newt me chamou com um sinal de mão e me aproximei. Newt sentou no lado oposto ao meu.

Na roda estavam: eu, Newt, Gally, Zart, Minho, Ben, e outros dois clareanos. O jogo começou. Rodada vai e rodada vem. Nenhuma vez até agora tinha dado certo para o plano, que seria apontar de Newt para mim, mas tudo no seu tempo. Obviamente que quando os meninos apontavam para mim, eu pedia verdade, sabia dos possíveis desafios que eles iriam sugerir.

Mas finalmente deu certo, a garrafa apontava de Newt para mim.

— Verdade ou desafio?

— Desafio — Todos os meninos reunidos falaram um "Uuuu "

— Desafio você a ir 7 minutos no céu — Ele parou fazendo todos se olharem — Com o Gally.

Gally sorriu, humideci os lábios me levantando. Gally me seguiu até uma cabana meio afastada, claro que eu não pensava em fazer nada com Gally, só passar os 7 minutos aqui seria suficiente.

— Amália — Gally se aproximava com um sorriso ladino.

— Gally, por favor, não quero nada do tipo — falei seca, afinal, eu não queria mesmo.

— Me da uma chance...

Não tive tempo de responder, batidas na porta soaram. Fui em direção a abrir; afinal, não tinha passados 7 minutos.

— O Minho cortou a mão! — Newt disse quando abri a porta.

— Que porra!

Falei e fui até a enfermaria onde Minho já estava sentado na maca emprovisada.

— Iríamos chamar o Clint ou Jeff, mas já estavam dormindo — dessa vez, Zart quem falou.

— Tudo bem — me aproximei vendo o garoto segurar a mão cortada — podem sair por favor? Agradecerei!

Eles sairam me deixando sozinha com Minho. Peguei sua mão, tinha cacos de vidro nos cortes. Peguei uma pinça retirando os caquinhos, o garoto soltava pequenos suspiros baixos. Não precisaria de muito cuidado, então peguei um algodão molhando no álcool passando sob a ferida, logo após peguei uma atadura para enrolar a mão que estava os cortes.

— Pronto.

Ele não respondeu, saiu da enfermaria, bufei. Mas que porra, nem agradecer, obviamente o Minho me destestava.

Sentei no chão encostando as costas na parede.

— Quando você vai prestar atenção em mim, Minho? — Murmurei para mim mesma.

𝙑𝙤𝙪 𝙨𝙚𝙢𝙥𝙧𝙚 𝙩𝙚 𝙨𝙖𝙡𝙫𝙖𝙧 | 𝑀𝑖𝑛ℎ𝑜, 𝑀𝑎𝑧𝑒 𝑅𝑢𝑛𝑛𝑒𝑟Onde histórias criam vida. Descubra agora