Uma fugidinha mata sim!

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Alice Leroy

São exatas cinco horas da manhã, e eu estou aqui sentada na cozinha com um copo de café, meus pensamentos e o barulho do relógio que está se misturando com o dá geladeira e me dando nos nervos.

Eu quase não dormi essa noite, estou me sentindo mal pelo que aconteceu ontem, não costumamos ter brigas em casa, muito menos castigo, nunca foi preciso, Lisa já teve seus ataques de rebeldia algumas vezes, mas nunca foi necessário. Eu não sei, acho que peguei pesado com ela, não tinha necessidade de tudo isso, ela só foi se divertir, eu tô sendo uma mãe ruim?

– Alice– Olhei para a porta, Shuji me olhava de braços cruzados– Não gosto quando fica sozinha com seus pensamentos.

– Eu só... não consegui dormir.– Ele puxou uma cadeira e se sentou a minha frente, puxou minhas pernas para seu colo e começou a massagear meus pés.

– Me fala o que te incomoda– Sorri de canto

– Lisa, acho que fomos muito brutos com ela.

– Ela errou Alice, se ficarmos passando a mão na cabeça dela toda vez que ela errar, o que essa menina vai aprender? Ela já está crescida, daqui um tempo não vamos poder fazer mais nada para mudar esses surtos dela, imagina como ela vai ficar quando errar e tiver que arrumar seus próprios erros sozinha e não souber fazer isso.– Suspirei, ele tinha razão.

– Está certo, mas acho que não tem necessidade do castigo...– Como sempre, eu sendo coração mole, depois que virei mãe fiquei frouxa que só.

– Só hoje.

– Tudo bem...– Me levantei e sentei em seu colo, ele me abraçou.– Kisaki vai conseguir vir?

– Isso é tão arriscado

– Eu sei, mas Lisa quer conhecer ele, e eu sinto saudade daquele idiota– Acariciei seu cabelo– E eu sei que você sofre com essa distância, vocês são praticamente irmãos.

– Eu tô legal.

– Para de se fazer de durão!– Ele riu.

– Bonequinha...– Olhei para ele– Vai acabar assim? Tipo, tudo o que fizemos, você vai simplesmente jogar sua máfia fora? O Joseph morreu por ela, Louis se virou contra você, quantos homens meus e seus morreram naquela maldita guerra, uns pelos outros, éramos mais do que uma junção de loucos terroristas, éramos uma família porra!– Ele colocou a mão sobre o rosto, eu sabia que isso o afetava muito, só estava esperando o momento que ele demonstrasse.– Eu sinto falta das aventuras, de salvar e tirar vidas, eu sinto falta dos garotos...porra Alice, o Baji e o kazutora se casaram e eu nem tava lá pra chamar eles de viados!– Meus olhos se encheram de lágrimas.

– E o que acha que devemos fazer?

– Eu...eu não sei.– Ele engoliu o choro preso em sua garganta– Kisaki vai vir para cá semana que vem, vamos nos reunir e conversar sobre isso, não tem como fugir do perigo Alice, já fizemos tanta merda que não dá pra simplesmente enterrar e viver a vida normalmente, a única diferença é que longe de tudo temos Menos segurança.– Ele puxou meu rosto– Leroy, eu jogo golfe...golfe! Com um bando de velhos que só sabem reclamar das suas mulheres e de como eles se divertem traindo elas e jogando a porra do golfe, Senhora Alice, eu amo minha mulher e odeio golfe, eu não sirvo pra isso não!– Comecei a rir, ele tava desesperado, tenho certeza que isso foi um pedido de socorro.

Me sentei de frente para ele e beijei seus lábios, ele apertou minha bunda por cima da camisola de cetim, desci beijos por seu pescoço, quando vi já estava cavalgando em seu amigo.

{...}

Lisa

Sábado de manhã e eu estou na escola ajudando idiotas no reforço, por que caralhos eu me ofereci para fazer isso. Pelo menos Maya também está aqui ajudando.

déesse française  |• Shuji Hanma•|Onde histórias criam vida. Descubra agora