capítulo 18

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Longos Dias se passaram desde a grande “revelação” de Kakashi. Os Uchihas conseguiram completar sua missão dada, e Aki conseguiu reorganizar sua parte no hospital.

A turma que havia saído em missão, retornou e retornaram bem, com a grande notícia de que o pequeno Naruto iria se casar com a Hinata. Grande surpresa foi para todos, Naruto sempre dizia que admirava a menina, mas mesmo assim foi uma grande surpresa.

Madara descansava na casa, fazendo coisas bobas já que não tinha mais nada o que ele pudesse fazer. E sua companheira, voltou a ficar noites no hospital, e voltava só depois de alguns dias como se apenas viesse para marcar presença.

Após alguns dias longe, Aki retorna em passos lentos, esgotada por passar quatro noites sem dormir. Ao chegar perto de casa, ela avista o Uchiha de longe. – Madarinhaaa – Gritou, fazendo o Uchiha olhar para trás.

– O que você está fazendo com isso? – a menina perguntou assustada, ao vê-lo com um falcão em seu braço.

– Estou treinando ela.

– Você treina falcão? – Arregalou os olhos. – Não tem isso na sua biografia dos livros.

– Você leu minha biografia? – fez uma careta – estranha.

– Estranho é você – indignada, ela foi na direção dele. – Olha Madara acho bom você criar um rumo na sua vida, viu.

– Criar um rumo? – perguntou baixo, se inclinando um pouco na direção dela, fazendo com que o falcão a bicasse.

– Madara! Tá de brincadeira! – Gritou chorosa.

– Cuidado, o falcão bica. – Riu de canto. Aki saiu pisando duro na direção da casa.

Madara treinou o falcão fêmea por um tempo, tempo o suficiente para Aki voltar de cabelo molhado e um vestido solto. O homem observou ela caminhando sorrindo até ele, foi como se seus olhos brilhassem para a menina.

– Tomei banho – Falou, o Homem olhou e apenas riu. – Madara, cadê o falcão?

– Ela já vai voltar. – Assim foi; em menos de um minuto o falcão voltou, e pousou em seu braço.

– Como você sabe que ela é fêmea?

– As fêmeas são maiores que os machos.

– Será que ela vem comigo?

– Acho que sim, tenta. – Aki sorriu e correu para pegar o apoio de couro.

Madara deu um impulso no pássaro, fazendo com que ela voasse direto para o antebraço da menina. Com um sorriso de orelha a orelha, a menina observava a linda ave.

– Ela é linda Madara… Seus olhinhos parecem jabuticaba. – Gargalhou. Lentamente, esticou sua outra mão tentando fazer carinho. Por ironia do destino, a ave aceitou as carícias e fechou seus olhos.

– É linda mesmo… ela gostou de você Aki. Dê um nome para ela.

– Um nome? – pensou um pouco num nome bom para ela. – Pérola. Eu acho esse nome bonito.

– Pérola… gostei.

– Ela vai ficar com a gente? Diz que sim… – Fez um biquinho e caminhou na direção de Madara, com o famoso olhos de cachorro.

– Claro que vai, ela está devidamente domesticada agora.

Aki gargalhou, fazendo com que a ave voasse para uma árvore que havia perto deles. De felicidade, a menina correu em direção ao Madara e o abraçou fortemente, fazendo com que ele se assustasse.

A moça saiu dando pulinhos de felicidade para dentro da casa, na intenção de comprar algumas coisas para a ave. O uchiha observou a menina, e deu um sorriso de canto.

(...)

– Aki, que coisas são essas que chegaram aqui? – Madara perguntou, vendo a menina chegar do trabalho.

– Já chegou? É que eu comprei umas coisas e pedi para que entregassem aqui. Estou feliz que chegou. – A moça correu para ver sua encomenda. – Aí olha só Madara, que lindo! É uma casinha e comida para a Pérola.

– Você comprou uma casinha para ela? É sério? – Riu.

– Sim?! Qual o problema? – inchou as bochechas.

– Não falei nada. – debochou.

Aki chamou-o para montarem juntos a casa. Madara, rabugento como sempre, não aceitou de início, fazendo a menina quebrar a cabeça sozinha. Mas logo começou a ajudá-la.

Após a finalização, olhando orgulhosos pela linda montagem. A ave observava de longe as traquinagens que os dois faziam.

– Será que a gente tem que mostrar para ela, ou a Pérola vai vir sozinha Mada?

– Que? – perguntou surpreso pelo apelido tão de repente de sua colega.

– Acho que ela vem sozinha né? Bom, agora é só esperar. – ela ignorou completamente a indagação de seu parceiro. – Vou entrar e tomar um banho para relaxar. Fique de olho para ver se ela entra!

Com os olhos arregalados, ele observou a garota indo para dentro de casa. Em apenas um mês, o homem viu a menina apenas 4 dias. E ele não negava a falta que fazia ouvir a menina gritando na sua orelha, era engraçado e nostálgico. Vê-la em casa, deixava ele um pouco contente.

Madara assobia, e a ave vem na sua direção. Ele a direciona para sua casa. De início ela negou entrar, mas depois adentrou observando toda a pequena casa. Ele sorriu ao ver que a Pérola havia ficado feliz.

Em alguns minutos, o Homem escutou passos, e um barulho estranho, como se algo tivesse caído no chão. Madara correu para dentro temendo não der a garota, mas acabou vendo que foi a menina que havia caido no chão.

Aki acordou com o corpo pesado, como se tivesse toneladas em cima dela, os olhos inchados e parecendo que estava a anos dormindo direto. Com os olhos um pouco abertos a moça viu Madara apoiado na porta, a observando acordar devagar.

– Eu desmaiei? – Perguntou, e Madara concordou com a cabeça – de novo… perdão por ter te dado trabalho, Madara.

– Aki, de começo eu acho que você desmaiou sim, mas você dormiu por um bom tempo.

– Há um bom tempo? Mas quanto?

– Por um dia e meio.

Aki não respondeu nada, apenas ficou em silêncio, pensativa. Ela fechou os olhos novamente, tentando refletir um pouco.

– Eu me sobrecarregue de novo.

– Estou vendo.

– Mas tá tudo bem! Agora é só voltar pra rotina, e lembrar de vir dormir todos os dias. – Sorriu para ele, que estava parado na porta.

Ele deu de ombro, e saiu. Madara não iria discutir, afinal, ela já era uma mulher, e sabia fazer suas próprias escolhas. Aki se levantou devagar, sua barriga roncava por conta do tempo sem colocar nada na boca.

Quando ela saiu da porta, sentiu um cheiro divino adentrar em suas narinas. O Uchiha estava fazendo algo que estava exalando pela casa inteira. Aki foi correndo para a cozinha, com um sorriso de orelha a orelha.

– Nossa, como você é sentimental, fez comida pensando em mim né Madarazinho?! – Ironizou rindo.

– Na verdade, é que eu estava com fome. – Riu.

Aki se sentou na mesa, esperando pacientemente pelo seu prato de comida. Quando o homem virou para servi-los, achou engraçado a cena da menina contente, sentada como uma criança.

O dia estava quente, o sol estava no topo do céu e o ponteiro do relógio marcava 12:00. Eles almoçavam enquanto a menina tagarelava coisas aleatórias. Madara não respondia, mas sempre escutava tudo o que ela falava.

Era divertido e ao mesmo tempo difícil para o Uchiha, afinal, ele era anti social, e a menina totalmente seu oposto, obtendo uma personalidade extrovertida. Dois opostos que não imaginavam que iriam se dar tão bem.

Continua

Uma Nova Chance - Uchiha Madara Onde histórias criam vida. Descubra agora