Uma Nova Chance - Uchiha Madara

Capítulo 20

Em passos rápidos, Madara chega num lugar rodeado de árvores de Sakura. Obito estava ali, sentado calmamente e sentindo a brisa do vento que balançava seus cabelos e suas roupas.

Ele parecia estar pensativo, um pouco cabisbaixo. Sentando-se ao lado do menor e sentindo a brisa e o cheiro de flor passar sobre suas narinas, Madara encostou sua cabeça na árvore.

– Por favor, não me diga que você está pensando em fazer alguma coisa de novo… – Comentou com a voz embriagada.

– Não estou, Obito. Dessa vez, peço que acredite em mim. 

– Por quê você quer o distrito?  – Olhou para ele.

– É a minha casa, e além de tudo, quero mudar essa visão ruim que os Uchihas tem. Bom, quero tentar de novo. – Madara encarou Obito.

Pensou por um tempo sobre o que lhe havia dito, também era uma de sua vontade mudar isso.

– Acho que dessa vez, você conseguiu. – soltou uma risada.

– O que? – perguntou confuso.

– Poxa Madara-Sama, você não percebeu? – Riu ainda mais alto.

O Uchiha mais velho ficou emburrado, pois não estava entendendo o motivo da gargalhada. O mais novo assim que percebeu, parou de rir e ficou incrédulo. 

– Vou ser direto, acho que a Aki tem uma queda por você. – Secou as lágrimas, que escorreram de seus olhos após as longas risadas.

– Que? – Gritou indignado.

Obito deu de ombros, e começou a sumir com a sua habilidade. O maior se levantou rapidamente, tentando pará-lo.

Visto que não havia conseguido, ele bufou e saiu pisando duro. Porém caminhou pensativo, afinal ele não havia percebido nada.

Chegando perto da residência que estava temporariamente morando, Madara avistou a menina ‘brincando’ com a pandora, mas assim que avistou o Uchiha, ela foi correndo para ele.

O maior então começou a reparar em alguns detalhes, em como ela estava com as bochechas levemente rosadas, seus olhos brilhavam como de uma criança, e o seu sorriso tão meigo. 

– Mada… como foi a conversa? – colocou a mão atrás de seu corpo, levemente envergonhada. – Que foi? – perguntou angustiada ao ver que o maior estava encarando feio.

– Nada. A conversa foi ótima. – Respondeu grosseiramente, e desviou da menina.

– Aaahh – Seu sorriso caiu junto com seu semblante. 

O relógio na parede já marcava metade do dia, Madara estava preparando algo para eles comerem, a menina estava apoiada na mesa visivelmente triste. 

– Por que você está com essa cara?

– Minha folga já está acabando… – Comentou chorosa. – E amanhã, vamos sair muito cedo.

O homem riu, e começou a servir a mesa. Como sempre, ela quase chorava de alegria quando via as comidas que ele fazia. 

Comendo lentamente, a garota ainda estava angustiada com a forma que foi tratada, ficava se perguntando se a conversa realmente foi tão boa assim, se havia acontecido algo que o deixou dessa forma.

O ar estava tenso entre os dois, era estranho nenhuma voz ser escutada enquanto comiam, estava em um completo silêncio perturbador.

Não conseguindo se segurar, ele decidiu perguntar: