Capítulo 10

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É completamente confusa e curiosa a sensação de perceber quase que de forma paupável, quando algo está acontecendo e aquilo irá mudar a sua vida para sempre. O sentimento de estar caminhando em direções erradas o tempo todo, mas que foram imprescindíveis para que você chegasse neste exato momento que irá definir o resto da sua vida.

Era o que Anna sentia, enquanto as mãos de Joel a seguravam com força, puxando o corpo dela para próximo dele com tanta necessidade que ela sentia os batimentos cardíacos dele. A forma como ele a segurava enquanto ela tinha total consciência da maciez dos lábios dele, a respiração dele, o gosto de vinho na língua dele. O corpo dele grande e firme contra o seu, pressionando você contra ele, enquanto te beijava, lento mas necessitado, ao mesmo tempo que era carinhoso, era áspero, gostoso. O ritmo dele ia nublando a mente de Anna como se ele a estivesse lentamente entorpecendo-a, como um canto de uma sereia que ia puxando mais fundo, mais fundo, mais fundo, até que se tornasse insustentável e afogasse na necessidade.

Joel esperou tanto tempo por essa oportunidade, a espera de sentir o corpo de Anna, imaginando como o corpo dela iria se encaixar nele, como a curvatura da cintura dele seria perfeita para as mãos dele. Como os lábios macios dela se sentiriam quando ele pressionasse os lábios dele nos dela. E nem com todo o esforço que ele fez imaginando, ele foi capaz de se aproximar do que era a realidade de estar beijando-a.

As respirações ofegantes, a cabeça dela se inclinando para que ele pudesse encaixar a língua dele na dela, as mãos dele subindo pelo pescoço dele até encontrar os cabelos dele e segura-lo ali, puxando a mexa que ela conseguiu agarrar carinhosamente, puxando-o para mais perto dela, como se eles fossem se fundir em um só.

O corpo dele estava começando a ceder a luxúria, ao desejo, às possibilidades que aquilo poderiam dar a ele.

Ele queria ser respeitoso. Sabia os limites que incluíam um beijo. Principalmente com alguém que ainda não havia nenhuma intimidade como essa.

Mas Anna começou a puxa-lo contra ela, os quadris pressionando nele, avançando passos na linha de limites que ele estabeleceu, puxando os cabelos dele com necessidade que ele também estava segurando. As mãos dele desceram para os quadris dela, sabendo que os dedos dele iriam encontrar a maciez da bunda dela, - o tecido do vestido que ela usava era tão leve que ele quase podia pensar estar tocando a pele dela em vez do tecido propriamente dito - mas ele estava sendo dominado por ela, por uma necessidade que ele tentou conter mas que ela claramente não estava se importando em demonstrar, e quando ele apertou os quadris dela, puxando-a contra ele, fazendo-a sentir o comprimento dele, e Anna ao invés de recuar, gemeu com a sensação, em seus lábios, Joel quase rosnou.

Se abaixando para alcançar a parte de trás das coxas dela, erguendo-a enquanto inutilmente ele tentava não quebrar o beijo mas o impulso que ele fez para erguê-la não deu escolhas para ele, e ele quase se arrependeu, porque assim os olhos dele encontraram os dela, enquanto ele a erguia em seu colo, mas para a surpresa dele, ela sorriu, jogando os braços sobre o ombro dele, entrelaçando as pernas na cintura dele, e beijando algumas vezes rapidamente os lábios dele, enquanto ele ainda olhava para ela tentando discernir o que era real e o que ele estava possivelmente sonhando, amaldiçoando o fato de que o vestido tinha se acomunado nas coxas dela, e agora ele podia sentir o corpo dela sobre o dele mais do que nunca.

Anna deslizou o nariz dela sobre o dele.

"Eu imaginei isso algumas vezes..." ela murmurou baixinho, os lábios roçando os de Joel enquanto falava.

Ele fechou os olhos perdido na sensação de tê-la em seus braços e sentindo os lábios dela.

"Eu e você?" Os lábios dele deslizaram pelo maxilar de Anna, até encontrar o lóbulo dela, e beija-lo.

Before the Last - JOEL MILLEROnde histórias criam vida. Descubra agora