Lovely Lily #2 - Sabaku No Gaara

Capítulo 17

O café exalava um aroma delicioso. Sayuri parou por um momento para apreciar aquele cheiro que ela tanto amava. Era tarde, quase dez horas da manhã, mas ela havia acordado há pouco tempo, estava muito cansada da missão e precisou dormir um pouco mais. Na noite anterior, ela dormiu no quarto de Temari como sempre fazia quando ela estava em casa, mas sentiu-se muito sozinha. Estava acostumado a dormir agarradinha com Gaara, muito mal acostumada.

De madrugada, ela acordou e foi beber água, encontrando um Gaara sonolento no sofá. Ele disse que não havia conseguido dormir de jeito nenhum e Sayuri o levou para o quarto na intenção de fazê-lo dormir, mas acabou adormecendo do lado dele, ou mais precisamente em cima dele. Ela sabia que tinha uma chance de isso acontecer? Claro, mas ela não podia perder uma oportunidade de ficar com o seu amor.

Quando acordou, saiu do quarto e deixou que ele dormisse por mais um tempo. Também não queria que Temari ou Kankuro soubessem daquilo, senão ela nunca mais teria paz na vida. Ela terminou de coar o café e serviu uma xícara para si, perdida em seus próprios pensamentos.

— Bom dia, Tetê! – Cumprimentou Sayuri quando viu que Temari havia entrado na cozinha.

— Bom dia, cunhadinha — respondeu Temari beijando o rosto da amiga e se servindo de café.

— Quando é você vai me parar de me chamar assim? — Perguntou Sayuri fingindo revirar os olhos.

— Quando você se casar com o meu irmão e tornar isso oficial — rebateu Temari com um olhar provocativo.

— Mas Temari... o Gaara não quer nada comigo. — Foi a resposta de Sayuri seguida por um sorriso de puro nervosismo.

— Ah, Sayu, pelo amor de Deus, né?! — Temari bateu a mão na própria testa. — Mas se ele quisesse, você iria querer ele?

— Óbvio que sim, né, Tema... estamos falando do Gaara. Aquele pedaço de mal caminho... — Sayuri mordeu o lábio inferior. — Com todo respeito, mas seu irmão é quase um pecado, Tema... — a loira apontou para trás e quando Sayurinse virou, quase caiu dura no chão.

Porque é claro que Gaara estava ali, escorando no balcão, olhando para ela com curiosidade.

— Oi, bom dia Gaara! — Ela abriu um sorriso amarelo. — Tudo bem?! — Ela não esperou uma resposta e continuou tagarelando. — Ainda bem que você não tava ouvindo nada não, né? — Ela passou o peso de um pé para o outro.

Gaara sorriu para ela e seu olhar percorreu todo o seu corpo, como se ele analisasse cada curva. Sayuri se apoiou no armário para evitar que caísse ali mesmo.

— Não, eu não ouvi nada — foi a resposta dele. — Só ouvi você falando que alguém era quase um pecado e...

— Ah! — Exclamou ela. — Eu tava falando de uma música pra Temari! E avisando a ela que iria ensinar ela a dançar forró com essa música — Sayuri respondeu como se a mentira já estivesse na ponta de sua língua.

— E qual era a música mesmo, Sayu? — Perguntou Temari achando aquela cena divertida.

— Aquela lá, Tema... é assim — ela puxou a amiga e segurou sua mão direita, enquanto segurava a cintura dela e a balançava de um lado para o outro.

Temari tentou repetir os movimentos da amiga, mas não conseguiu acompanhar o seu ritmo. O quadril de Sayuri se movia quase que por vontade própria e aquela era uma dança que ela nunca havia visto antes. O que era aquilo?

— Meu pedaço de pecado de corpo colado, vem dançar comigo. Quero ser teu — aqui não foi possível para Gaara entender o que Sayuri cantou — ficar do seu lado e falar no ouvido que você é a mais bonita, um pedaço da vida, de felicidade, vem matar — mais murmurios incompreensiveis — faz esse vaqueiro feliz de verdade.